Valdemar suspende salários de Braga Netto e Marcelo Câmara
O presidente nacional do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, decidiu suspender os salários pagos pela sigla ao ex-ministro Walter Braga Netto e a Marcelo Costa Câmara, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro. Essa ação ocorreu após os dois serem alvos da Operação Tempus Veritatis, conduzida pela Polícia Federal para investigar uma suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.
Valdemar Costa Neto suspendeu os pagamentos após ser proibido de se comunicar com os outros investigados no inquérito sobre a suposta tentativa de golpe, conforme decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. O ex-ministro Braga Netto recebia um salário de R$ 28 mil do partido, enquanto Marcelo Câmara, ex-ajudante de ordens, recebia R$ 18 mil por mês. A medida foi confirmada pelo G1 e Estadão, citando informações da prestação de contas do PL em 2023.
Ambos, juntamente com Valdemar Costa Neto e Jair Bolsonaro, foram convocados para prestar depoimento na Polícia Federal em Brasília, como parte das investigações. Somente Valdemar respondeu às perguntas dos investigadores, enquanto os demais optaram por permanecer em silêncio. A OAB solicitou sanções contra o delegado responsável pela inclusão de conversas em um relatório ligado a essa investigação, alegando violação das prerrogativas dos advogados. Os delegados, por sua vez, repudiaram essa iniciativa em um comunicado, considerando-a inaceitável.