Venezuela: Amorim segue cobrando atas oficiais, mas diz não confiar nas da oposição
Em entrevista à Globo News nesta quarta-feira (7), o assessor especial da Presidência, Celso Amorim, reiterou a importância de os próprios venezuelanos resolverem suas questões eleitorais sem interferência externa. Ele criticou as sanções dos Estados Unidos e da União Europeia contra a Venezuela e apelou por “flexibilidade” de todas as partes envolvidas para evitar um possível conflito grave.
Amorim manifestou preocupação com a ausência das atas eleitorais oficiais, que ainda não foram apresentadas, e mencionou que essas foram entregues à Justiça após o que o CNE alegou ser um ataque cibernético seguido de atos violentos por parte da oposição.
Embora Amorim continue cobrando as atas oficiais, ele também expressou desconfiança em relação às atas fornecidas pela oposição. Ele afirmou que não compreende completamente o papel da Justiça venezuelana no processo de validação dessas atas e lamentou a falta de clareza sobre o que ocorrerá a seguir.
Durante sua visita à Venezuela entre 26 e 30 de julho, Amorim se reuniu com o presidente Nicolás Maduro e com Edmundo González Urrutia, principal figura da oposição, que contesta o resultado oficial das eleições e se declarou vencedor, recebendo apoio de líderes como Donald Trump e Javier Milei.