Venezuela Denuncia Ataques Contra Seus Consulados em Cinco Países

Venezuela Denuncia Ataques Contra Seus Consulados em Cinco Países

Incidentes incluem explosões, pichações e incêndios; governo venezuelano cobra respostas rápidas das autoridades locais

O governo venezuelano denunciou neste domingo (12) uma série de ataques contra cinco de suas representações diplomáticas localizadas em diferentes países. De acordo com o chanceler Yván Gil, os consulados em Lisboa (Portugal), Frankfurt (Alemanha), Medellín (Colômbia), Vigo (Espanha) e San José (Costa Rica) foram alvos de atos de vandalismo, incluindo explosões, pichações e focos de incêndio.

Reações e condenações internacionais

O ataque mais grave ocorreu no consulado venezuelano em Lisboa, onde um artefato explosivo foi detonado na madrugada de sábado (11), logo após a posse do presidente Nicolás Maduro. Em resposta, o ministro das Relações Exteriores de Portugal, Paulo Rangel, classificou o ato como “intolerável” e ordenou o reforço imediato da segurança nos arredores da embaixada, além de uma investigação policial para identificar os responsáveis.

“A inviolabilidade das missões diplomáticas precisa ser respeitada em todos os casos, conforme prevê a Convenção de Viena”, declarou a chancelaria portuguesa em nota oficial.

Resposta venezuelana e acusações

Em pronunciamento oficial, o governo de Nicolás Maduro atribuiu os ataques a grupos opositores, referindo-se a eles como “comanditos”, organizações criadas durante o período eleitoral. Segundo a chancelaria venezuelana, foi solicitado que as autoridades dos países envolvidos atuem com “celeridade” para garantir a integridade das instalações diplomáticas e responsabilizar os culpados.

Imagens divulgadas nas redes sociais pelo chanceler venezuelano mostram pichações, cartazes e até uma bandeira venezuelana vandalizada. Em um dos consulados, focos de incêndio foram registrados em uma varanda.

Contexto e implicações

Os incidentes ocorrem em um momento de alta tensão política na Venezuela, após a reeleição de Nicolás Maduro, amplamente contestada pela oposição e por parte da comunidade internacional. O governo venezuelano alega que os ataques são parte de uma campanha de desestabilização organizada por adversários políticos.

Enquanto as investigações seguem, a Venezuela exige que os países afetados cumpram com suas obrigações diplomáticas de proteção às missões estrangeiras, reforçando as preocupações sobre a segurança de seus representantes e instalações fora do território nacional.

Os ataques às sedes diplomáticas ampliam as dificuldades nas relações internacionais da Venezuela e alimentam ainda mais o clima de polarização política dentro e fora do país.

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