Venezuela terá dia de protestos em meio a tensão após Maduro se declarar reeleito

Venezuela terá dia de protestos em meio a tensão após Maduro se declarar reeleito

Manifestações contra o líder chavista estão marcadas para ocorrer no país neste sábado (3)

A Venezuela enfrentará neste sábado (3) um dia de protestos tanto a favor quanto contra Nicolás Maduro, que recentemente se declarou reeleito em uma eleição contestada interna e externamente.

Protestos programados

Lideranças da oposição realizarão uma manifestação contra o presidente no fim da manhã, com o objetivo de defender a democracia. Logo depois, grupos pró-Maduro tomarão as ruas de Caracas.

Expectativa pela divulgação das atas eleitorais

A divulgação das atas eleitorais, que detalhariam os resultados da eleição, é aguardada com grande expectativa.

Resultado oficial

O Conselho Eleitoral da Venezuela declarou Nicolás Maduro, no poder desde 2013, como vencedor das eleições de 28 de julho com 51% dos votos. Entretanto, a oposição afirma que a contagem de aproximadamente 90% dos votos indica que seu candidato, Edmundo González, recebeu mais que o dobro de apoio em comparação com Maduro.

Avisos e críticas

Na sexta-feira (2), Maduro alertou sobre “consequências inevitáveis” caso os opositores apresentem as atas ao Supremo Tribunal de Justiça (TSJ) e criticou González por não submeter seus resultados ao TSJ.

Situação tensa e registros de violência

Após uma semana de tensão sobre os resultados eleitorais, a polarização política se manifestou nas ruas de várias cidades do país, com relatos de violência e mortes. A Human Rights Watch informou na quarta-feira (31) sobre 20 mortes, enquanto o Foro Penal registrou, até o dia 1º de agosto, 11 mortes e 711 detenções.

Mobilização permanente

O governo de Maduro pediu “mobilização permanente” ao longo da semana. Na quarta-feira (31), Maduro convidou seus apoiadores para “a mãe de todas as marchas” em Caracas, para celebrar a “vitória da paz”. Já na quinta-feira (1º), a líder da oposição, María Corina Machado, convocou uma manifestação para defender os resultados das eleições. Ela fez o apelo através de um vídeo, após divulgar que decidiu se esconder por temer pela sua vida.

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