
Violência no Lar: PMs Agridem Idosa e Filho Após Discussão Sobre Moto Irregular
Abordagem em Barueri resulta em cenas de brutalidade; Corregedoria afasta 12 policiais enquanto investigações avançam.
Uma cena que deveria ser apenas uma abordagem de rotina por causa do licenciamento atrasado de uma moto acabou se transformando em um verdadeiro cenário de horror em Barueri, na Grande São Paulo. Doze policiais militares foram afastados de suas funções após agredirem brutalmente uma família dentro de sua própria garagem. Entre as vítimas estavam uma idosa de 63 anos, que teve o rosto sangrando, e seu filho, que recebeu um golpe de mata-leão — uma prática proibida na corporação desde 2020.
Tudo começou quando Matheus, de 18 anos, e Juarez, seu pai, de 39, foram abordados pelos PMs na rua, perto de casa. Os agentes informaram que a moto seria apreendida devido à documentação atrasada. A situação escalou quando Juarez interveio e tentou impedir a remoção do veículo. Ele e o filho correram para dentro de casa, gerando uma reação que resultou na invasão da residência pelos policiais, sem mandado, e na agressão de toda a família.
Em vídeos gravados por testemunhas, é possível ver a idosa sendo empurrada, chutada e puxada pela gola do casaco. Juarez descreveu a cena como um “verdadeiro terror”, com os policiais usando cassetetes e apontando armas contra eles.
A Corregedoria da Polícia Militar assumiu a investigação, enquanto o caso também é analisado pela Polícia Civil. A Secretaria de Segurança Pública afirmou que “não compactua com desvios de conduta” e garantiu que os responsáveis serão punidos.
O governador Tarcísio de Freitas, em meio à repercussão, reforçou seu apoio ao uso de câmeras corporais pelos agentes, admitindo que mudou de opinião sobre o programa. Para ele, as câmeras são uma “proteção para a sociedade e para o policial”.
As cenas registradas deixam um alerta: até onde vai a abordagem policial no Brasil? A casa, que deveria ser um espaço de segurança, virou palco de violência desmedida. A investigação deve trazer respostas, mas para esta família, o trauma já está cravado.