
Violência Policial em São Paulo: Sindicato de Advogados Critica Tarcísio e Solicita Responsabilização
Após série de abusos policiais, SASP cobra medidas urgentes do Ministério Público para apurar omissões e ações do governador na segurança pública.
A crescente violência policial em São Paulo tem gerado uma onda de críticas, e o Sindicato dos Advogados de São Paulo (SASP) não ficou de fora. A entidade protocolou uma representação contra o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), pedindo a investigação de sua gestão à frente da segurança pública e de seus discursos, considerados por muitos como incitação à violência policial. Segundo o sindicato, o governador tem falhado gravemente em sua responsabilidade de garantir a segurança e os direitos humanos no estado, e suas atitudes têm resultado em abusos cada vez mais frequentes.
A medida foi impulsionada por uma série de incidentes de violência policial, incluindo a morte de um menino durante uma operação no Morro do São Bento, em Santos, e o caso do estudante de medicina Marco Aurélio, baleado durante uma abordagem na Vila Mariana. O que começou com essas tragédias acabou gerando uma série de episódios envolvendo abusos da Polícia Militar, incluindo a extorsão de comerciantes no Brás, em um esquema desmantelado pelo Ministério Público (MPSP).
A pressão sobre a gestão de Tarcísio aumentou ainda mais após casos chocantes, como o do manobrista Marcelo Barbosa, jogado de uma ponte por policiais em ação na zona sul de São Paulo. Esses acontecimentos têm colocado a segurança pública no centro das discussões sobre os rumos do estado, com muitos criticando a falta de fiscalização e punição adequada.
O sindicato pediu ao MPSP que amplie a investigação e responsabilize o governador por suas ações. Para a entidade, é necessário que o Poder Judiciário e o Ministério Público atuem de maneira incisiva para garantir que a violência policial cesse e que o governo seja responsabilizado pelos danos causados à sociedade paulista.
Apesar da crescente pressão, Tarcísio mudou de postura em relação ao uso de câmeras nos policiais, após críticas à sua postura anterior de se opor à ampliação do programa. Em recente declaração, o governador reconheceu o erro e afirmou que pretende ampliar o uso das câmeras corporais para proteger tanto a sociedade quanto os próprios policiais.
Em um pais onde a violência só aumenta, o SASP questiona se a política de segurança pública do governo está realmente priorizando a proteção dos cidadãos ou se está contribuindo para a perpetuação dos abusos. A resposta do governo paulista à denúncia ainda está pendente, mas a pressão popular e institucional cresce a cada dia.