Voa Brasil não vai acontecer por inadimplência do governo, dizem executivos de aéreas
O lançamento do programa Voa Brasil, que visava oferecer passagens aéreas com um valor máximo de R$ 200, foi suspenso pelo Governo Federal, conforme divulgado nesta sexta-feira (2). A informação foi publicada pela Revista Oeste, e a mudança de planos foi atribuída a problemas de agenda envolvendo o ex-presidente Lula.
Executivos de companhias aéreas teriam afirmado que o programa se tornaria economicamente inviável sem medidas do governo, incluindo a redução do preço do querosene de aviação (QAV), melhoria no acesso ao crédito para as empresas e resolução de questões judiciais enfrentadas pelas companhias. O lançamento estava previsto para 5 de fevereiro.
Nos bastidores, Governo Federal e setor de aviação buscam alterações nas condições do preço do QAV para reduzir os custos operacionais e, consequentemente, impactar os valores das passagens aéreas. Uma reunião entre o governo, Petrobras e companhias aéreas estava programada para discutir essas mudanças, mas foi cancelada.
Há discussões sobre uma possível ajuda financeira às companhias aéreas, aproximadamente 5,5 bilhões de reais, utilizando o Fundo Nacional de Aviação Civil (Fnac) como garantia de empréstimos concedidos pelo BNDES. O presidente Lula tem pressionado por medidas que reduzam os preços das passagens aéreas, especialmente após o aumento de 48,11% nos preços em 2023, a maior alta em 12 anos.
Em dezembro passado, o Ministério de Portos e Aeroportos anunciou, em conjunto com as principais companhias aéreas do país, medidas para a redução dos preços, concentrando-se em promoções mais frequentes.
