“Vou Comprar Algumas Armas”: Jacob Chansley, o ‘Viking’ do Capitólio, Celebra Perdão de Trump

“Vou Comprar Algumas Armas”: Jacob Chansley, o ‘Viking’ do Capitólio, Celebra Perdão de Trump

Figura icônica da invasão ao Congresso dos EUA comemora anulação de condenação e reforça discurso em apoio a Trump.

Jacob Chansley, conhecido como o “viking” da invasão ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021, usou as redes sociais para celebrar o perdão concedido pelo presidente Donald Trump. Em uma postagem no X (antigo Twitter), Chansley afirmou: “Acabei de saber pelo meu advogado que fui perdoado. Obrigado, presidente Trump. Agora vou comprar algumas armas… A justiça chegou.”

A ação de Trump, anunciada na última segunda-feira (20), anulou as condenações de mais de 1.500 pessoas envolvidas no ataque que buscava impedir a certificação da vitória de Joe Biden nas eleições de 2020. Além de perdoar crimes já julgados, a medida também bloqueia futuros processos relacionados ao evento.

Chansley, que se tornou símbolo do ataque ao aparecer com um chapéu de chifres e o rosto pintado com as cores da bandeira americana, foi condenado em novembro de 2021 a 41 meses de prisão por incitação ao crime, invasão de área restrita e obstrução de oficial. Ele cumpriu 27 meses, parte deles em isolamento, antes de ser liberado para um programa de reintegração no Arizona.

“Minha vida segue praticamente a mesma, mas agora dou algumas entrevistas. Estou pronto para voltar à minha rotina”, declarou ele recentemente ao New York Times.

Perdão em massa e implicações políticas
Além de Chansley, outros líderes extremistas como Stewart Rhodes, fundador da milícia Oath Keepers, e Enrique Tarrio, ex-líder do grupo Proud Boys, também foram beneficiados pelo perdão presidencial. A decisão de Trump gerou críticas de especialistas, que alertam para o fortalecimento de grupos radicais e o agravamento de tensões políticas no país.

Segundo o Departamento Federal de Prisões, 211 pessoas ligadas ao ataque já foram soltas até esta quarta-feira (22). Em seu discurso de posse, Trump defendeu os envolvidos como vítimas de injustiça, descrevendo o dia 6 de janeiro como uma “demonstração de amor” e criticando a forma como os manifestantes foram tratados.

Para Trump, o perdão é uma forma de reparar erros contra seus apoiadores, mas a medida também reacende debates sobre a polarização política nos Estados Unidos e os impactos de tais decisões na segurança nacional.

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