Wajngarten diz que foi indiciado por defender Bolsonaro

Wajngarten diz que foi indiciado por defender Bolsonaro

Fabio Wajngarten, assessor e advogado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), declarou que foi injustamente indiciado pela Polícia Federal (PF) no “caso das joias sauditas”. Ele enfrenta acusações de lavagem de dinheiro e associação criminosa.

Wajngarten defendeu-se dizendo que seu indiciamento foi por “cumprir a lei”, pois como advogado, aconselhou que os presentes recebidos por Bolsonaro fossem devolvidos ao Tribunal de Contas da União (TCU) imediatamente.

— Conselho jurídico não é crime. Minha sugestão foi acolhida e os presentes foram imediatamente e integralmente entregues ao TCU — afirmou Wajngarten no X (antigo Twitter).

Ele criticou a ação da PF como “arbitrária, injusta e persecutória” e anunciou que pretende recorrer à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para continuar trabalhando.

O “caso das joias sauditas” foi investigado pela PF em parceria com o FBI. A investigação revelou que presentes recebidos do governo da Arábia Saudita por Bolsonaro, quando era presidente, foram omitidos do acervo presidencial e vendidos nos Estados Unidos.

Wajngarten afirmou ter buscado informações com auxiliares e ex-auxiliares de Bolsonaro, sem participar de qualquer negociação.

— Como assessor de imprensa e advogado do ex-presidente, busquei informações com alguns auxiliares e ex-auxiliares, sem jamais — repito, sem jamais — participar de qualquer tipo de negociação — defendeu-se.

A PF ainda precisa relatar o inquérito ao Supremo Tribunal Federal (STF). Além de Wajngarten, Bolsonaro e mais 10 pessoas foram indiciadas pela PF. A lista completa inclui:

  • Jair Bolsonaro
  • Bento Albuquerque
  • José Roberto Bueno Júnior
  • Julio Cesar Vieira Gomes
  • Marcelo da Silva Vieira
  • Marcos André dos Santos Soeiro
  • Mauro Cesar Barbosa Cid
  • Fabio Wajngarten
  • Frederick Wassef
  • Marcelo Costa Câmara
  • Mauro Cesar Lourena Cid
  • Osmar Crivelatti
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