X, ex-Twitter, encerra atividade no Brasil e culpa Alexandre de Moraes

X, ex-Twitter, encerra atividade no Brasil e culpa Alexandre de Moraes

Apesar de encerrar as operações no Brasil, o serviço X, antigo Twitter, continuará disponível para a população brasileira

A conta oficial do X (antigo Twitter) anunciou neste sábado (17/8) que a empresa encerrou suas operações no Brasil, com efeito imediato. Segundo o comunicado, o motivo para essa decisão seria a postura do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

De acordo com a publicação, o X mencionou “medo de ameaças” como a razão para o fechamento, atribuindo a responsabilidade diretamente ao ministro. “Na noite passada, Alexandre de Moraes ameaçou nosso representante legal no Brasil com prisão caso não acatássemos suas ordens de censura”, afirmou a empresa. “Ele emitiu uma ordem secreta, que agora compartilhamos para expor suas ações. Apesar de nossos múltiplos recursos ao STF não terem sido considerados, e mesmo com a equipe no Brasil sem responsabilidade sobre o bloqueio de conteúdo, Moraes optou por ameaçá-la em vez de respeitar a lei e o devido processo legal”, completou a nota.

A empresa ainda lamentou ter sido forçada a tomar essa medida e declarou que a responsabilidade recai totalmente sobre Alexandre de Moraes. “Suas ações não condizem com uma democracia. O povo brasileiro precisa escolher entre a democracia ou Alexandre de Moraes”, concluiu o comunicado.

Apesar do fim das operações no Brasil, a plataforma continuará disponível para os usuários brasileiros.

Essa decisão ocorre em meio a uma série de confrontos entre o X e Moraes, que recentemente ordenou o bloqueio de oito contas na rede social, incluindo a do senador Marcos do Val (Podemos-ES). Moraes também solicitou a retirada de sigilos e apresentação de registros de acesso de usuários. O X expôs publicamente essa ordem judicial, afirmando que os brasileiros têm o direito de saber o que está sendo solicitado à empresa.

Elon Musk, proprietário do X, criticou as exigências de Moraes, classificando-as como “censura” e alegando que elas violam a legislação brasileira.

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