Xi Jinping e sua delegação: segurança máxima e exigências extravagantes para encontro com Lula
Comitiva chinesa traz até colchão e blindagem de janelas para líder, em uma operação que inclui a remoção de hóspedes do hotel e controle rigoroso de funcionários
A estadia de Xi Jinping no Brasil para a cúpula do G20, marcada por um cenário de segurança extrema e privilégios incomuns, revela uma grande mobilização da delegação chinesa. Fontes confirmam que o presidente chinês, que se encontrará com o presidente Lula (PT) nesta quarta-feira (20) no Palácio da Alvorada, trouxe até mesmo seu próprio colchão e blindou as janelas da suíte em que ficará hospedado em Brasília.
A comitiva também fez exigências incomuns para garantir a privacidade de Xi durante a cúpula. O hotel onde o líder chinês ficará hospedado, a menos de um quilômetro da residência presidencial, foi praticamente isolado, com a maioria dos funcionários dispensada. Apenas os autorizados, identificados por crachás com QR Code, permanecerão no local, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, foi o único hóspede a permanecer.
A privatização da área, além da blindagem de vidros e contratação exclusiva de funcionários pelo governo chinês, também incluiu a organização de pontos exclusivos para o café da manhã: um maior para o público geral, outro menor para oficiais graduados e uma área externa para 200 pessoas, com o objetivo de manter o local ainda mais restrito.
Com uma estratégia diplomática clara, o Brasil busca fortalecer laços com a China, que é seu principal parceiro comercial, com um comércio bilateral que superou os US$ 180 bilhões no último ano. Durante a cúpula, espera-se que a China aproveite para discutir iniciativas globais como a Aliança Global contra Fome e Pobreza, uma proposta criada pela presidência brasileira do G20, que já conta com a adesão de 41 países.