Zelensky Critica EUA por Buscarem Agradar Putin e Afirma que Europa é Fraca em Defesa

Zelensky Critica EUA por Buscarem Agradar Putin e Afirma que Europa é Fraca em Defesa

Em entrevista, o presidente ucraniano sugere que o foco dos EUA é um cessar-fogo rápido, e não uma vitória definitiva, além de ressaltar a fragilidade militar da Europa.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, fez duras críticas à postura dos Estados Unidos em relação à Rússia, alegando que o governo americano está tentando “agradar” Vladimir Putin. Em entrevista à emissora pública alemã ARD, divulgada nesta segunda-feira (17), Zelensky afirmou que, enquanto os EUA estão buscando uma solução rápida para encerrar os combates na Ucrânia, o que realmente querem é um simples cessar-fogo, e não uma vitória duradoura para a Ucrânia.

“Os Estados Unidos estão agora dizendo coisas muito favoráveis a Putin, porque querem agradá-lo”, afirmou Zelensky, que gravou a entrevista no sábado, em Munique. Segundo o líder ucraniano, os americanos estão interessados em finalizar o conflito rapidamente, mas não se comprometem com uma verdadeira vitória para a Ucrânia.

A declaração de Zelensky segue os comentários do presidente dos EUA, Donald Trump, que causou surpresa entre os aliados ao revelar que estava mantendo um diálogo direto com Putin para tentar encerrar os combates de forma rápida. Além disso, o chefe do Pentágono, Pete Hegseth, também afirmou recentemente que considera improvável que a Ucrânia recupere totalmente seu território perdido no conflito ou que venha a se tornar membro da OTAN.

Zelensky, por sua vez, reiterou que não aceitará acordos que comprometam a soberania da Ucrânia e afirmou que o futuro do país está em jogo. “Não vou assinar nada que coloque em risco o nosso destino, o destino das gerações futuras”, declarou.

O presidente ucraniano também criticou a postura da Europa em relação à defesa, destacando que o continente se encontra em uma posição de vulnerabilidade. “Hoje, a Europa é fraca”, afirmou Zelensky, apontando a falta de capacidades militares suficientes, como tropas de combate, frotas, aviação e drones. No entanto, ele também reconheceu que as capacidades de defesa europeias melhoraram nos últimos anos.

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