
🌳 Amazônia perde fôlego: desmatamento recua, mas floresta segue sangrando
Mesmo com queda nas derrubadas, a degradação florestal dispara 163% em dois anos e põe em risco compromissos ambientais do Brasil
A floresta dá sinais de alívio por um lado, mas agoniza por outro. Entre 2022 e 2024, o desmatamento na Amazônia até apresentou redução — o que, à primeira vista, poderia soar como uma vitória ambiental. No entanto, os dados mais recentes revelam uma realidade preocupante: nesse mesmo período, a degradação da floresta cresceu 163%.
Esse avanço silencioso da destruição, que muitas vezes não aparece nos radares tão claramente quanto o corte raso de árvores, representa um desgaste profundo do bioma. São áreas que, embora ainda mantenham parte da vegetação de pé, sofrem com incêndios, exploração ilegal de madeira, mineração e outros impactos humanos que enfraquecem a floresta de dentro pra fora.
Segundo especialistas, esse “saldo negativo” pode comprometer metas climáticas assumidas pelo Brasil em acordos internacionais, como o Acordo de Paris. Ou seja, mesmo derrubando menos árvores, continuamos falhando em proteger de fato o maior patrimônio natural do país.
A situação exige mais do que estatísticas positivas: pede ação coordenada, fiscalização constante e políticas públicas que enxerguem a floresta como um organismo vivo — e não apenas como uma soma de hectares. Afinal, quando a Amazônia adoece, o planeta inteiro sente a febre.