
đ “CafĂ© Fake: o que Ă©, por que nĂŁo pode ser considerado alimento e o que a lei diz sobre o cafĂ© verdadeiro”
đ “Produtos falsificados, feitos de resĂduos da lavoura, sĂŁo apreendidos e nĂŁo podem ser chamados de cafĂ©. Entenda a diferença e como a legislação protege o consumidor”
Em um cenĂĄrio de aumento nos preços do cafĂ©, uma novidade polĂȘmica surgiu: o “pĂł sabor cafĂ©”, tambĂ©m conhecido como “cafĂ© fake”. Este produto, que começou a circular no inĂcio deste ano, chamou a atenção das autoridades de saĂșde e segurança alimentar. Recentemente, o MinistĂ©rio da Agricultura divulgou que, em fevereiro, trĂȘs marcas tiveram lotes apreendidos. O motivo? Os produtos nĂŁo contĂȘm cafĂ© em sua composição e nĂŁo podem ser considerados alimentos.
A legislação brasileira Ă© clara sobre o que pode ou nĂŁo ser chamado de cafĂ©: a bebida deve ser feita exclusivamente do fruto da planta, que Ă©, sim, uma fruta. Para ser comercializado legalmente, o cafĂ© pode ter atĂ© 1% de impurezas naturais da lavoura, como folhas e cascas, mas nada de elementos estranhos como milho, trigo, corantes ou atĂ© mesmo borra de cafĂ© solĂșvel.
No caso do “cafĂ© fake”, a situação Ă© bem diferente. Esse produto Ă© composto basicamente por resĂduos e impurezas da lavoura, como cascas e grĂŁos ardidos â aqueles que sĂŁo descartados durante a produção do cafĂ©. Para agravar, as bebidas analisadas foram encontradas com toxinas cancerĂgenas. Por isso, o MinistĂ©rio da Agricultura informou que esses produtos nĂŁo podem ser considerados alimentos e foram retirados de circulação.
Ă importante destacar que, embora o cafĂ© “normal” possa ter impurezas dentro dos limites legais, isso nĂŁo significa fraude. As impurezas podem ser resultado de resĂduos naturais durante o processo de colheita, mas, se for adicionado intencionalmente algo para falsificar o produto, como grĂŁos de outros tipos ou atĂ© substĂąncias quĂmicas, isso Ă© ilegal.
Em resposta a essas apreensÔes, o Ministério da Agricultura, junto com a Anvisa, vai realizar mais anålises para garantir que o consumidor não seja enganado com produtos que não atendem aos padrÔes estabelecidos por lei.