
💸 Galípolo solta o verbo: Aumentar IOF? Só se for pra desagradar todo mundo
Presidente do Banco Central não esconde desconforto com a ideia de usar imposto como salva-vidas de governo apertado
O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, não quis nem disfarçar. Deixou claro, de novo, que acha um baita erro essa ideia do governo de subir o IOF — aquele imposto sorrateiro que aparece nas operações financeiras, como quem não quer nada, mas leva seu dinheiro sem pedir licença.
Duas semanas atrás, o governo resolveu, do nada, aumentar o IOF. Foi falar e… voltou correndo no mesmo dia, depois de levar uma invertida monumental do mercado. O Congresso, que costuma fingir que não vê certas coisas, dessa vez acordou rapidinho e já ensaia derrubar o decreto. Algo que não se via há exatos 25 anos.
— “IOF não é cofrinho de governo nem ferramenta pra ajeitar política monetária. É um imposto regulatório e deveria continuar assim, bem quietinho no seu canto” — disparou Galípolo, em um evento cheio de engravatados do mercado.
🚩 Risco de parecer que o Brasil tá fechando as portas pro mundo
O presidente do BC foi além. Alertou que essa brincadeira de mexer no IOF, especialmente nas operações de câmbio, pode dar uma baita má impressão lá fora. Imagina os investidores achando que o Brasil quer controlar saída e entrada de dinheiro, igual a certos países que a gente finge que não conhece?
— “O problema é que pode soar como controle de capitais… e, olha, isso é tudo que a gente não quer passar”, cutucou, sem dó.
💳 No crédito, o imposto também vira armadilha
Galípolo ainda soltou aquele recado elegante — mas nem tanto — sobre o IOF no crédito. Segundo ele, o imposto não deveria servir pra empurrar ninguém pra essa ou aquela linha de financiamento só porque tem imposto menor.
— “Se a pessoa escolhe um crédito não porque é melhor, mas porque o imposto é mais baixo, tem coisa errada aí”, resumiu.
Ele até reconheceu que dá pra usar o IOF pra equilibrar as regras do jogo, mas deixou claro que isso precisa ser feito com lupa, pinça e muito cuidado.
— “Falar em usar o IOF pra criar equilíbrio entre opções de crédito até faz sentido… mas em que nível? Aí já é outra conversa”, concluiu, quase desenhando pra quem não entendeu.
No meio desse jogo de empurra, fica a pergunta no ar: estão tentando ajustar a economia ou só buscando mais um jeitinho de arrancar dinheiro do bolso de quem já não aguenta mais?