
🔥 Bastidores em ebulição: Alcolumbre tenta derrubar ministro e sugere corrupção nos bastidores do MME
Presidente do Senado insinua irregularidades e amplia crise entre União Brasil e Alexandre Silveira
A tensão entre o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), atingiu novos patamares. Durante um almoço em Brasília nesta semana, Alcolumbre não poupou críticas ao ministro e chegou a insinuar que ele estaria envolvido em casos de corrupção — embora sem apresentar provas ou entrar em detalhes.
O encontro aconteceu na terça-feira (8), na casa de Antonio Rueda, dirigente nacional do União Brasil, e contou com a presença de figuras importantes do partido e da ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT). Apesar do cardápio político ser a reorganização do União Brasil dentro do governo, o prato principal acabou sendo a possível saída de Juscelino Filho do Ministério das Comunicações — e, em meio a isso, sobrou para Silveira.
Segundo relatos de pelo menos cinco pessoas com conhecimento direto ou indireto da conversa, Alcolumbre aproveitou o momento para criticar duramente o chefe do MME, deixando no ar insinuações sobre condutas suspeitas, mas sem abrir o jogo sobre o que exatamente estaria por trás das acusações.
O pano de fundo da reunião era o desgaste causado pela denúncia da Procuradoria-Geral da República contra Juscelino Filho, suspeito de envolvimento em esquemas com emendas parlamentares. Juscelino acabou saindo, sendo substituído por Pedro Lucas Fernandes, um nome de confiança do próprio Alcolumbre.
Desgaste vem de longe
Quem acompanha de perto os bastidores do Congresso garante que essa não é a primeira rusga entre Alcolumbre e Silveira. Há semanas, o senador já vinha manifestando incômodo com a atuação do ministro em conversas reservadas. E o motivo, segundo aliados, seria simples: Silveira, que foi indicado pelo PSD com apoio de Alcolumbre e Rodrigo Pacheco (PSD-MG), teria deixado de representar os interesses do grupo que o ajudou a chegar lá — e estaria alinhado demais ao presidente Lula.
A avaliação no União Brasil é de que o ministro estaria mais interessado em agradar ao Planalto do que ao seu próprio partido, o que vem gerando desconforto e ameaçando seu futuro no cargo.
Internamente, parlamentares do PSD temem uma eventual troca no comando do Ministério de Minas e Energia. Há quem diga que a legenda já perdeu espaço demais dentro do governo — e a perda de ministérios, como o da Pesca, é frequentemente citada como prova disso.
O cenário é de disputa por influência, cargos e poder — e a mesa do almoço em Brasília virou, mais uma vez, o palco onde os bastidores da política mostram suas cartas.