🔥 Brasil na Contramão da História:

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ONU dispara: afrouxar licenciamento é retrocesso e ataque aos direitos humanos

Representante da ONU condena projeto que desmonta proteção ambiental e denuncia tratamento vergonhoso contra Marina Silva no Senado

O que está acontecendo no Brasil beira o absurdo. Enquanto o planeta inteiro discute maneiras de proteger o meio ambiente, combater a crise climática e defender os direitos dos povos tradicionais, o Congresso Nacional insiste em empurrar o país para o retrocesso. E não sou eu quem diz. Quem levanta esse alerta gravíssimo é ninguém menos que Jan Jarab, representante do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos na América do Sul.

Em entrevista, Jarab não poupou críticas ao projeto de lei que escancara as porteiras para destruir nossas florestas, rios e terras protegidas, flexibilizando absurdamente as regras do licenciamento ambiental. Segundo ele, essa proposta é um ataque direto aos direitos humanos, um retrocesso monumental e uma ameaça concreta à sobrevivência dos povos indígenas, quilombolas e de todo o patrimônio natural brasileiro.

O projeto, já aprovado no Senado e agora nas mãos da Câmara, simplesmente permite que empresas façam uma “autodeclaração” para liberar obras e atividades que impactam o meio ambiente. Isso significa eliminar qualquer barreira, qualquer fiscalização real, qualquer proteção. Na prática, é entregar o país na mão de grileiros, fazendeiros e corporações sem escrúpulos.

Jarab foi claro: “Se isso passar, será o desmonte das salvaguardas ambientais no Brasil.” E o alerta é urgente, porque sabemos muito bem quem vai pagar essa conta: os povos indígenas, os quilombolas, as comunidades tradicionais e, claro, o meio ambiente que já sangra com desmatamento, queimadas e destruição acelerada.

Mas não parou por aí. O representante da ONU também expressou repúdio à vergonha que foi o tratamento dado à ministra Marina Silva durante uma audiência no Senado. Ela foi hostilizada, desrespeitada, atacada de forma covarde, numa demonstração explícita de como o debate democrático vem sendo sequestrado por interesses econômicos que pouco se importam com a vida e com o futuro do país.

“Isso não é aceitável em uma democracia”, disparou Jarab, visivelmente indignado. E ele está certo. Não é aceitável, não é normal, não pode ser tratado como “parte do jogo político”. Isso é violência simbólica, é ataque à democracia, é a tentativa de calar quem defende a preservação do que é de todos.

O representante da ONU ainda jogou luz sobre outros absurdos que o Brasil insiste em normalizar, como o marco temporal, que tenta roubar das populações indígenas o direito às suas próprias terras, e a tragédia humanitária do sistema prisional brasileiro, que, segundo ele, “fere a dignidade humana e é inconstitucional.” Jarab foi enfático: o Brasil naturalizou uma cultura de violência, de encarceramento em massa e de execução sumária pela polícia, enquanto finge não ver que isso não resolve absolutamente nada.

E faz um alerta que não dá mais pra ignorar: se o Brasil não mudar sua mentalidade punitivista, racista e predatória, continuará sendo palco de massacres, destruição e violações sistemáticas dos direitos humanos. Enquanto países desenvolvidos reduzem a criminalidade com educação, reabilitação e inclusão, o Brasil insiste na barbárie.

O recado está dado. Da ONU, do mundo, da história. O problema agora é saber: até quando os poderosos vão fingir que não escutam? Até quando vão trocar vida, floresta e gente por lucro, concreto e devastação?

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