🚨 Alerta na Floresta: Desmatamento na Amazônia dispara em maio e acende sinal vermelho

🚨 Alerta na Floresta: Desmatamento na Amazônia dispara em maio e acende sinal vermelho

Em um mês, área devastada dobra em relação a 2024; governo é cobrado por ação firme

O desmatamento na Amazônia voltou a subir com força total. Em maio deste ano, foram destruídos 960 km² de floresta, um salto de 92% em comparação com o mesmo mês de 2024, quando a área derrubada foi de 502 km². Os dados são do sistema Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que monitora o desmatamento em tempo real.

O aumento representa o segundo pico negativo consecutivo em 2025 — em abril, os alertas já haviam subido 55%. Os estados que mais sofreram com a devastação foram Mato Grosso (627 km²), Pará (145 km²) e Amazonas (142 km²).

Segundo o secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente, João Paulo Capobianco, a floresta está sendo destruída por queimadas criminosas, potencializadas pelo clima mais quente e seco. Ele defende o endurecimento das punições: “É preciso responsabilizar quem utiliza o fogo ilegalmente, aplicar multas com mais rigor e impedir que esses infratores tenham acesso ao crédito rural”.

Apesar desse retrocesso pontual, o acumulado entre janeiro e dezembro de 2024 mostra uma redução de 30,6% no desmatamento em comparação com 2023. Mas, para ambientalistas, os dados de maio acendem um alerta. Marcio Astrini, do Observatório do Clima, critica a falta de uma linha clara dentro do governo: “A agenda ambiental não suporta dois discursos. É hora de o presidente Lula unificar a direção e mostrar compromisso real com a floresta”.

Cenário melhora no Cerrado e no Pantanal

Enquanto a Amazônia sofre, o Cerrado apresenta sinais de recuperação. Em maio, houve uma queda de 15% no desmatamento em relação ao ano passado. No período de agosto a maio, a queda acumulada chega a 22%, passando de 5.908 km² para 4.583 km².

Já no Pantanal, a redução foi ainda mais expressiva: 65% apenas em maio e 74% ao longo dos últimos 10 meses — de 1.035 km² para 267 km².

Esses números mostram que, embora haja avanços em alguns biomas, a Amazônia segue em rota de destruição preocupante. E os olhos do país — e do mundo — continuam voltados para o que será feito a partir de agora.

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