
🚨 Sem Cargo, Mas Com Verba Pública: Janja Transforma Diplomacia em Turnê de Luxo com Escala na China
Enquanto milhões de brasileiros enfrentam filas no SUS e miséria nas ruas, a primeira-dama embarca em mais uma viagem internacional bancada pelo Estado — dessa vez para promover filme ao lado de Dilma Rousseff, em evento político-cultural com verniz de homenagem histórica.

Parece que, para alguns, o passaporte diplomático é um passe livre para o glamour internacional — mesmo sem mandato, cargo público ou qualquer função formal. A primeira-dama Janja, que já havia chamado atenção ao fazer turismo político na Rússia, agora pousa na China, mais uma vez com as despesas pagas pelos cofres públicos. A justificativa da vez? A pré-estreia do filme Ainda Estou Aqui, vencedor do Oscar de melhor filme internacional, que será exibido em 10 mil salas no país asiático.
Ao lado de Dilma Rousseff, hoje presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (o “Banco dos Brics”), Janja ocupou holofotes e redes sociais, não para tratar de problemas do povo brasileiro, mas para celebrar um evento que, embora importante para a cultura, escancara o uso indevido da estrutura do Estado para autopromoção pessoal e ideológica.
Enquanto milhares de brasileiros sobrevivem com o mínimo, enfrentando uma saúde pública precária, violência e desemprego, a comitiva oficial se dedica a promover produções cinematográficas em eventos de gala, com direito a declarações emocionadas e tapetes vermelhos.
Sim, Ainda Estou Aqui é um marco. A obra de Walter Salles, baseada no livro de Marcelo Rubens Paiva, expõe as feridas abertas da ditadura e homenageia a luta de Eunice Paiva para denunciar o desaparecimento e assassinato do marido, o ex-deputado Rubens Paiva. Mas transformar isso em trampolim de prestígio para quem não tem função oficial é, no mínimo, um desrespeito à liturgia pública.
A exibição na China — que só libera 34 filmes estrangeiros por ano — é fruto de articulação da ApexBrasil e da Embaixada, com discurso de fortalecimento das relações comerciais. Mas o pano de fundo é claro: uma viagem com fins políticos, bancados por dinheiro público, que aproveita o sucesso cultural para reforçar imagens de figuras ligadas ao atual governo.
A pergunta que não cala: quem autorizou e pagou a viagem de Janja? Com qual função? Com qual interesse? Com qual retorno efetivo para o Brasil?
Enquanto isso, seguimos ainda aqui, esperando que a conta da festa internacional não caia mais uma vez no colo do povo.