🧼 Passando Pano com Classe: AGU tenta lavar a barra de Lula, mas o sabão não pega em fraude

🧼 Passando Pano com Classe: AGU tenta lavar a barra de Lula, mas o sabão não pega em fraude

Ministro Jorge Messias culpa Bolsonaro pelo caos no INSS, ignora que a sujeira começou no governo Dilma — e ainda tenta nos convencer de que o atual governo está “reconstruindo” o que o próprio PT começou a enterrar.

Neste sábado (10), o ministro da AGU, Jorge Messias, resolveu soltar sua bomba retórica nas redes sociais — mas em vez de acertar o alvo certo, parece ter jogado granada de fumaça para desviar o foco. Segundo ele, o desmonte do INSS foi obra do governo Bolsonaro, tratado como vilão oficial do dia por tudo, até por nuvem carregada no céu.

Messias disse, com convicção de quem ensaiou o discurso no espelho, que tudo foi parte de um “projeto consciente” para arrancar dinheiro dos idosos, sufocar a rede de proteção social e largar os pobres à própria sorte. Um roteiro digno de filme de terror… se não fosse pelo pequeno detalhe: as fraudes no INSS começaram em 2015, ainda sob o reinado de Dilma Rousseff — aquela que teve como vice o “golpista” que virou presidente por tabela.

Mas, convenhamos, reconhecer que o PT também sujou as mãos não é parte do script. E como todo bom roteirista que quer salvar seu protagonista, Messias preferiu ignorar o início da trama e colocar todos os créditos da tragédia nas costas de Bolsonaro. Que, aliás, enfrentava uma pandemia global enquanto herdava um país já esfarelado. Mas vá tentar explicar isso para quem acredita que cortar verbas e empurrar a culpa adiante resolve tudo.

No meio da encenação, Messias ainda diz que o governo Lula “está reconstruindo” o INSS, como se a base estivesse limpa. Só que esta semana mesmo, a própria AGU pediu bloqueio de bens de sindicatos e empresas envolvidos em um esquema milionário de descontos ilegais em aposentadorias — e surpresa: muitos desses sindicatos são, digamos, bem chegados do lulismo. Coincidência? Talvez. Coincidência demais? Provavelmente não.

E claro, como não podia faltar, Lula apareceu para bater o último tambor da narrativa. De Moscou, ele repetiu a ladainha de que a quadrilha foi criada em 2019 — ano em que, curiosamente, ele já não era presidente. O problema é que os primeiros rastros do golpe vêm desde 2015. Será que foi amnésia seletiva ou só a tradicional “culpa é do outro”?

Lula ainda garantiu que preferiu não fazer “carnaval” com as denúncias porque gosta de investigações sérias, com base em inteligência. Ora, justo ele, que vive sendo blindado por discursos e narrativas cuidadosamente polidas, agora quer posar de Sherlock Holmes da Previdência?

Enquanto isso, os aposentados seguem esperando, os golpes seguem pipocando, e os discursos seguem tentando tapar o sol com a peneira. Porque, no Brasil, o que não falta é político querendo limpar as próprias pegadas com a vassoura dos outros.

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