
đ„ Bia Kicis na mira da PGR apĂłs ataque a Moraes
Grupo de advogados acusa deputada de calĂșnia e difamação contra ministros do STF. Ela rebate: “SĂł falei fatos e estou amparada pela imunidade parlamentar.”
O grupo de advogados Prerrogativas acionou a Procuradoria-Geral da RepĂșblica (PGR) pedindo que a deputada Bia Kicis (PL-DF) seja investigada criminalmente. O motivo? AcusaçÔes feitas pela parlamentar contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), especialmente Alexandre de Moraes.
Segundo os advogados, durante uma reuniĂŁo da ComissĂŁo de Constituição e Justiça (CCJ) da CĂąmara, Kicis afirmou â sem provas â que Moraes teria manipulado uma decisĂŁo judicial no caso do deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ), acusado de tentativa de golpe.
A situação começou quando a CĂąmara tentou, via PL, suspender totalmente o processo contra Ramagem. Mas o STF, atravĂ©s da Primeira Turma, nĂŁo acatou tudo e manteve a ação penal por trĂȘs crimes cometidos antes dele assumir como deputado.
AcusaçÔes e defesa
Para o coletivo de advogados, Bia Kicis foi alĂ©m dos limites da crĂtica polĂtica e acabou incorrendo em crimes como calĂșnia e difamação, alĂ©m de, segundo eles, ferir a separação entre os Poderes.
No documento entregue Ă PGR, os advogados afirmam que a atitude da deputada âcompromete o decoro parlamentar e enfraquece a confiança nas instituiçÔes democrĂĄticasâ. AlĂ©m disso, pedem que a prĂłpria sessĂŁo da CCJ, realizada no dia 15 de maio, seja analisada por meio das gravaçÔes e atas oficiais.
Caso a PGR entenda que hĂĄ elementos suficientes, o grupo pede que o ĂłrgĂŁo apresente uma denĂșncia formal contra Bia Kicis no STF.
âSĂł relatei fatosâ, diz Bia Kicis
Procurada, a deputada nĂŁo sĂł negou ter cometido qualquer crime, como ainda devolveu a crĂtica. Disse que apenas relatou âfatosâ durante a sessĂŁo e que estĂĄ protegida pela imunidade parlamentar.
Kicis tambĂ©m disparou contra o coletivo Prerrogativas, afirmando que o grupo nĂŁo tem autoridade para representĂĄ-la ou acusĂĄ-la de calĂșnia. âQuem tem prerrogativas violadas aqui sou euâ, disse. Ela ainda explicou que, na reuniĂŁo, sĂł questionou a existĂȘncia de dois ofĂcios com decisĂ”es diferentes e buscou esclarecer a situação junto a advogados.
E agora?
O caso estĂĄ nas mĂŁos da Procuradoria-Geral da RepĂșblica, que vai avaliar se hĂĄ elementos suficientes para transformar a denĂșncia em ação penal no Supremo Tribunal Federal.