🍳 Inflação no prato: ovo, tomate e café puxam alta dos preços em março

🍳 Inflação no prato: ovo, tomate e café puxam alta dos preços em março

Exportações recordes, clima extremo e demanda sazonal explicam disparada que afetou diretamente a mesa do brasileiro

A conta do supermercado voltou a pesar no bolso do brasileiro — e muito disso tem a ver com três itens bem comuns no nosso dia a dia: ovos, tomate e café. Segundo dados divulgados nesta sexta-feira (11) pelo IBGE, só esses três alimentos foram responsáveis por cerca de 25% da inflação registrada em março. E o vilão da vez foi o ovo, que teve um salto de 13,1% no preço em apenas um mês.

O principal motivo? As exportações. Só em março, o Brasil mandou para fora do país 3.770 toneladas de ovos — um aumento de impressionantes 342,2% em relação ao mesmo mês do ano passado. Os Estados Unidos foram os maiores compradores, pressionados por um surto de gripe aviária. A demanda externa puxou os preços para cima por aqui, e o consumidor brasileiro sentiu direto no bolso.

Exporta, mas quem paga é o brasileiro

Com menos oferta no mercado interno e a ração das aves encarecendo por conta do milho, a proteína que antes era a alternativa econômica da casa virou artigo de luxo, especialmente durante o período da quaresma, quando o consumo de ovos costuma aumentar.

O tomate também disparou, com uma alta de 22,55%. Segundo o IBGE, o calor extremo do verão acelerou a maturação dos frutos, antecipando colheitas em várias regiões. Resultado: agora falta tomate e o preço disparou. Já o café moído subiu 8,14% em março e acumula uma alta de quase 78% nos últimos 12 meses. A explicação está na quebra de safra no Vietnã, grande produtor mundial, que reduziu a oferta global do grão e inflou os preços.

Veja os alimentos que mais subiram em março:

  • Manga: +25,64%
  • Tomate: +22,55%
  • Morango: +17,82%
  • Ovo: +13,13%
  • Laranja: +9,49%
  • Açaí (emulsão): +8,62%
  • Café moído: +8,14%
  • Peixe dourado: +8,04%
  • Melancia: +7,86%
  • Mamão: +6,49%

Apesar da desaceleração do IPCA geral, que ficou em 0,56% graças à redução na conta de luz, o grupo Alimentos e Bebidas subiu 1,17%, bem acima do 0,7% registrado em fevereiro — e mostrou que, para quem depende do básico na cozinha, a inflação continua batendo forte na porta da geladeira.

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