🔍 Perícia, só no gogó? Governo Lula recua após permitir auxílio-doença sem exame médico presencial

🔍 Perícia, só no gogó? Governo Lula recua após permitir auxílio-doença sem exame médico presencial

Depois de abrir as portas para fraudes com atestados digitais, Planalto volta atrás — mas só quando a bomba já estava explodindo nos cofres da Previdência

Durante mais de um ano, o governo Lula insistiu em um verdadeiro festival de irresponsabilidade: conceder auxílio-doença com base apenas em atestados enviados pela internet, sem olhar o paciente nos olhos — ou sequer saber se ele existe de fato. Agora, com a corda no pescoço e a conta explodindo, o Planalto finalmente resolveu admitir o desastre e retomar a exigência de perícia presencial… mas só depois de ignorar sistematicamente todos os alertas técnicos.

Quem puxou o freio foi a ANMP (Associação Nacional dos Médicos Peritos), que já estava cansada de avisar que esse modelo “confia em todo mundo” era uma receita certa para fraude e rombo. O presidente da entidade, Luiz Carlos de Teive e Argolo, disse que o recuo do governo chega com um atraso vergonhoso — e que a Previdência foi deixada à mercê de atestados duvidosos e laudos de conveniência.

A lógica petista, até então, era simples: “para que gastar tempo com perícia se dá para aprovar tudo no clique?” Resultado: um sistema abarrotado, recursos escorrendo pelo ralo e trabalhadores honestos vendo seus direitos ameaçados por um modelo feito sob medida para oportunistas.

A volta da exigência de exame presencial para afastamentos superiores a 30 dias não é uma mudança sensata — é uma rendição à realidade. E, como bem frisou a ANMP, não se trata de burocracia: a perícia é o que ainda impede que a Previdência vire um caixa eletrônico sem senha.

É claro que, para o governo, assumir o erro é pedir demais. A narrativa oficial ainda tenta se justificar com o velho argumento da “agilidade” e da “inclusão”. Mas o que se viu foi a desmontagem dos filtros de controle, tudo em nome de um populismo que flerta com o desastre.

Enquanto isso, o cidadão comum — aquele que acorda cedo, enfrenta fila e paga imposto religiosamente — segue assistindo à farra dos malandros com atestado fake. E, como sempre, quem paga a conta da negligência ideológica é o trabalhador real.

Porque no Brasil da burocracia seletiva, pedir exame para quem realmente precisa virou “opressão”, mas bancar o esperto que burla o sistema virou “direito”.

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