A Starlink, empresa de internet via satélite comandada por Elon Musk, finalmente cedeu à pressão e começou a acatar a ordem de bloquear o X no Brasil. É como se a empresa tivesse batido de frente com uma parede de concreto e percebido que a batalha não poderia ser vencida dessa maneira.

No último domingo, a Starlink havia se mostrado irredutível, afirmando que só obedeceria a ordem de bloqueio se a Justiça desbloqueasse suas contas. Mas, nesta terça-feira, a situação mudou. Em um post na própria rede social X, a Starlink declarou que, mesmo diante do que consideram um tratamento ilegal, não tiveram escolha a não ser seguir a determinação de bloquear o acesso no Brasil.

Além disso, a empresa revelou que já iniciou uma batalha legal na Suprema Corte dos Estados Unidos, onde está sediada, para questionar a “ilegalidade gritante” da decisão do ministro Alexandre de Moraes, que havia congelado seus ativos no país. E assim, apesar de contestar ferozmente a medida, a Starlink agora se vê obrigada a seguir um caminho que não queria trilhar.

O recuo veio em meio a uma crescente tensão, com o presidente da Anatel, Carlos Baigorri, advertindo que a Starlink poderia perder a autorização para operar no Brasil se não cumprisse a decisão judicial. Ou seja, entre o risco de perder uma fatia do mercado e a luta por seus direitos, a empresa decidiu, por ora, preservar sua operação, ainda que a contragosto.

A situação que levou a esse ponto começou quando o X, que também pertence a Musk, se recusou a restringir perfis acusados de atacar instituições democráticas, acumulando uma montanha de multas e, eventualmente, levando ao bloqueio judicial. Agora, a Starlink navega em águas turbulentas, tentando manter sua cabeça acima da superfície enquanto batalha em várias frentes jurídicas.

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