“A Campanha de Ouro de Boulos: Investimento Milionário não Evita Derrota em SP”
Com mais de R$ 80 milhões, Boulos lidera ranking das campanhas mais caras do país, mas perde para Ricardo Nunes no segundo turno.
Derrotado no segundo turno das eleições municipais, Guilherme Boulos (PSOL), apoiado por Lula na disputa pela Prefeitura de São Paulo, conduziu a campanha mais cara do Brasil neste ano. Ele arrecadou R$ 81,2 milhões, gastando aproximadamente R$ 57,2 milhões segundo dados da Justiça Eleitoral.
Desses recursos, 98,15% vieram dos diretórios nacionais do PT e PSOL, com o PT contribuindo com R$ 44,2 milhões e o PSOL, partido de Boulos, com R$ 36 milhões. O candidato utilizou R$ 8,8 milhões para impulsionar conteúdos nas redes sociais, R$ 6,9 milhões foram destinados à agência Janela Comunicação, e cerca de R$ 12,5 milhões cobriram custos com gráficas para materiais impressos, como bandeiras e santinhos.
Mesmo com o alto investimento, Boulos enfrentou a segunda derrota consecutiva na capital paulista. Comparando com 2020, quando gastou R$ 7,5 milhões e obteve 40,62% dos votos, o salto no financiamento não trouxe aumento significativo: ele conseguiu apenas 0,03 ponto percentual a mais nesta eleição. Com 59,35% dos votos, Ricardo Nunes (MDB) assegurou a vitória, quase repetindo o resultado de Bruno Covas (PSDB) em 2020, que obteve 59,38% e faleceu em 2021.