
A economia respira, mas os argentinos sufocam: os altos custos das políticas de Milei
Inflação desacelera, mas desigualdade e sacrifícios sociais aumentam
Javier Milei, presidente da Argentina, celebra resultados econômicos positivos em 2024. Ele anunciou que a inflação anual será limitada a 18% no próximo ano, um feito significativo para um país que enfrentava níveis alarmantes de descontrole inflacionário.
Contudo, a euforia econômica tem seu preço. Os argentinos estão pagando um alto custo social por essas mudanças. As medidas drásticas, como cortes profundos em programas sociais e reformas agressivas, têm agravado as desigualdades e imposto sacrifícios à população mais vulnerável.
O otimismo do mercado financeiro contrasta com o descontentamento nas ruas. Enquanto investidores e setores da elite comemoram a estabilização da moeda e o controle da inflação, famílias comuns enfrentam dificuldades crescentes para acessar bens e serviços essenciais.
As políticas de Milei, marcadas pelo liberalismo extremo, continuam polarizando a sociedade. Para muitos, a pergunta permanece: até que ponto vale estabilizar a economia às custas do bem-estar social?