
Advogado de Bolsonaro no STF: “Ele não comandou o 8 de janeiro e ainda repudiou”
Celso Vilardi tenta afastar Bolsonaro das acusações e pede rejeição da denúncia da PGR
O advogado Celso Vilardi, que defende Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF), pediu à Corte que descarte a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente, acusado de envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado.
Em sua argumentação diante da Primeira Turma do STF, Vilardi destacou que Bolsonaro foi “o presidente mais investigado do país” e afirmou que seu cliente não teve qualquer participação na articulação para impedir a posse de Lula. “Eu entendo a gravidade do que ocorreu no dia 8 de janeiro, mas não se pode jogar essa responsabilidade sobre Bolsonaro. Querem pintá-lo como chefe de uma organização criminosa, quando ele sequer participou disso. Pelo contrário, ele repudiou os atos daquele dia”, alegou o advogado.
Vilardi também reforçou que nem a Polícia Federal apontou Bolsonaro como envolvido nos ataques golpistas, e que nem mesmo o delator Mauro Cid teria vinculado o ex-presidente diretamente aos eventos.
Bolsonaro acompanha julgamento de perto
Enquanto a Primeira Turma do STF analisa se aceita ou não a denúncia da PGR, Bolsonaro acompanha tudo de perto – sendo o único entre os acusados a estar presente no plenário. Os ministros dedicaram três sessões para discutir o caso, que envolve a suposta tentativa de golpe após as eleições de 2022, vencidas por Luiz Inácio Lula da Silva.
Quem está no “Núcleo 1” da denúncia
A PGR dividiu os acusados em grupos, e Bolsonaro faz parte do chamado “Núcleo 1”, que, segundo a acusação, teria papel central na organização dos atos golpistas. Além do ex-presidente, estão nesse grupo:
- Alexandre Ramagem (ex-diretor-geral da Abin)
- Anderson Torres (ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do DF)
- Augusto Heleno (ex-ministro do GSI)
- Mauro Cid (tenente-coronel e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro)
- Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa)
- Walter Braga Netto (ex-ministro da Casa Civil)
- Almir Garnier (ex-comandante da Marinha)
A decisão do STF sobre a denúncia será um passo crucial para definir o destino de Bolsonaro e seus aliados na Justiça.
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