
Alckmin Não Se Vacinou Contra a Covid em 2024, Apesar de Recomendação Oficial
Vice-presidente e médico anestesista tem caderneta de vacinação incompleta, contrariando orientações do Ministério da Saúde.
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, não tomou a vacina contra a Covid-19 em 2024, embora o Ministério da Saúde recomende reforços semestrais para pessoas com mais de 60 anos. A informação foi obtida por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI) e divulgada pela imprensa.

De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Alckmin já recebeu cinco doses da vacina, sendo a última a bivalente da Pfizer. No entanto, o órgão não esclareceu por que ele não tomou as doses de reforço recomendadas no último ano.
Ministros com vacinação incompleta
Alckmin não é o único membro do alto escalão do governo federal a não seguir a recomendação do próprio Ministério da Saúde. Ao todo, 12 ministros acima de 60 anos também não se vacinaram ou não completaram o esquema de reforço em 2024.
Entre os nomes da lista estão:
- José Múcio (Defesa) – não tomou os reforços de 2023 e 2024.
- Ricardo Lewandowski (Justiça e Segurança Pública) – deixou de tomar um dos reforços de 2024.
- Marina Silva (Meio Ambiente) – não tomou as doses recomendadas em 2024.
- Fernando Haddad (Fazenda) – não se vacinou em 2023 e 2024.
- Margareth Menezes (Cultura) – não tomou as vacinas em 2023 e 2024.
Apenas três ministros com 60 anos ou mais completaram todas as doses recomendadas no último ano: Carlos Lupi (Previdência Social), Mauro Vieira (Relações Exteriores) e Sidônio Palmeira (Secretaria de Comunicação).
Impacto e controvérsia
Idosos estão entre os grupos mais vulneráveis à Covid-19 devido ao envelhecimento do sistema imunológico, que reduz a resposta a infecções. Por esse motivo, desde dezembro de 2023, a vacina contra a doença passou a integrar o Calendário Nacional de Vacinação para idosos e gestantes.
A revelação sobre a falta de vacinação dos ministros gerou questionamentos sobre a adesão do próprio governo às políticas de saúde pública que recomenda à população.