Argentina Milei ameaça convocar plebiscito se Congresso argentino rejeitar ‘decretaço’
O presidente eleito da Argentina, Javier Milei, ameaçou convocar um plebiscito caso o Congresso rejeite o Decreto de Necessidade e Urgência (DNU) que ele emitiu recentemente. O DNU busca modificar centenas de regulamentos e desregulamentar a economia. Milei afirmou que, se o Congresso rejeitar o decreto, ele convocará um plebiscito para que a população decida sobre o assunto.
No entanto, é importante destacar que, por lei, a consulta popular não é vinculante, o que significa que, se aprovada, seria uma mensagem política, mas com pouco alcance legal. Caso a população vote a favor no plebiscito, isso apenas obrigaria o Congresso a reeditar o mesmo DNU.
Durante uma entrevista à televisão argentina, Milei criticou o Congresso Nacional, acusando os parlamentares de buscarem subornos, sem especificar quem seriam esses legisladores. Ele afirmou que o DNU visa combater a corrupção, direcionando-se aos “corruptos” no sistema.
Além disso, Milei expressou apoio a Federico Sturzenegger, um dos principais autores do DNU, e enfatizou a necessidade de medidas drásticas diante da complicada situação econômica. Ele mencionou a queda na diferença da taxa de câmbio como um sinal positivo do apoio às medidas.
Sobre o aumento das tarifas, Milei defendeu um processo gradual de eliminação dos subsídios econômicos, visando minimizar o impacto sobre os preços e evitar um efeito recessivo. Ele desafiou os governadores, defendendo a autonomia das províncias para fazerem ajustes próprios.
Por fim, Milei abordou questões como a dívida da estatal argentina YPF, destacando a falta de recursos para pagar uma sentença de US$ 16 bilhões, e confirmou a impressão de cédulas de 20.000 e 50.000 pesos, argumentando que as cédulas atuais são uma “tortura” para transações.