
Bolsonaro Critica Lula por Vetar Pensão Vitalícia para Crianças com Microcefalia
Mudança na Política Substitui Benefício Contínuo por Pagamento Único de R$ 50 mil
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) usou suas redes sociais nesta sexta-feira (10/01/2025) para criticar a decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de vetar a pensão vitalícia destinada a crianças com microcefalia, condição causada pelo zika vírus. Bolsonaro destacou que, durante seu mandato, havia assinado a Medida Provisória que garantia o benefício contínuo às famílias afetadas.
Com a mudança promovida pelo atual governo, as famílias passarão a receber um pagamento único de R$ 50 mil, em vez da pensão vitalícia.

Reação nas Redes Sociais
Bolsonaro classificou a decisão como prejudicial às famílias que dependiam do auxílio de longo prazo. “Enquanto eu lutei para assegurar a dignidade dessas crianças e suas famílias, o atual governo escolhe retirar essa proteção”, escreveu o ex-presidente em suas redes sociais.
A medida gerou uma série de debates nas plataformas digitais, dividindo opiniões entre críticos e defensores da mudança.
Contexto e Impacto
A pensão vitalícia havia sido estabelecida para apoiar financeiramente famílias de crianças nascidas com microcefalia durante o surto do zika vírus entre 2015 e 2016. O benefício era visto como um suporte essencial para os custos contínuos de tratamento e cuidados especializados.
Por outro lado, o governo Lula argumenta que o pagamento único permitirá maior flexibilidade na utilização dos recursos pelas famílias, mas a decisão é amplamente criticada por organizações sociais e políticos da oposição, que a consideram insuficiente para atender às necessidades de longo prazo das famílias afetadas.
Debate Político
A decisão de Lula reacende as discussões sobre políticas sociais e o compromisso do governo com famílias em situação de vulnerabilidade. Enquanto a oposição aponta a mudança como um retrocesso, o Planalto afirma estar buscando uma reestruturação dos benefícios para tornar os programas sociais mais sustentáveis.
A decisão ainda pode ser revisada caso o Congresso Nacional decida derrubar o veto presidencial, o que deve intensificar o debate nos próximos meses.