
Camisa vermelha da Seleção: nova cor já tem aval da CBF e está a caminho da Copa
Ednaldo Rodrigues aprovou o modelo reserva, que já está sendo produzido pela Nike; mudança é incomum, mas está dentro das regras da CBF
A Seleção Brasileira vai mesmo vestir vermelho na Copa do Mundo de 2026 — pelo menos como uniforme reserva. A decisão já foi tomada há cerca de um ano, em uma reunião no Rio de Janeiro, quando o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, aprovou o novo modelo apresentado pela Nike, fornecedora oficial da equipe.
Pelo contrato firmado entre a confederação e a marca americana, os modelos de uniforme precisam ser definidos com no mínimo dois anos de antecedência. Isso garante tempo suficiente para a produção, ajustes e distribuição das peças para os jogadores e também para os torcedores que desejam comprá-las. Por isso, a camisa vermelha já está sendo confeccionada.
A palavra final sobre o visual da Seleção é sempre do presidente da CBF — e Ednaldo deu o aval sem restrições. Apesar de incomum, a cor vermelha não é proibida pelo estatuto da entidade, que permite variações no uniforme, inclusive com tons que não aparecem na bandeira da CBF, desde que tenham o aval da diretoria.
Mas será que ainda dá tempo de voltar atrás? Tecnicamente, seria complicado. Mudar o modelo agora, com o cronograma da Nike já em andamento, violaria o prazo estipulado no contrato. Mesmo assim, se Ednaldo Rodrigues sentir pressão suficiente, ele até pode pedir uma alternativa — como uma camisa azul. Porém, a Nike não é obrigada a acatar o pedido, o que poderia gerar atrito entre a fornecedora e a entidade.
Para quem torce o nariz para a novidade, vale lembrar que essa não é a primeira vez que o Brasil joga de vermelho. A Seleção já usou a cor em algumas ocasiões específicas, e modelos alternativos fazem parte da história do time, mesmo que não sejam os preferidos do público.
Se por um lado a mudança representa ousadia e inovação, por outro ela toca num ponto sensível para muitos torcedores: a identidade visual da Seleção. No fim das contas, a pergunta que fica é se o torcedor vai vestir essa ideia ou se o vermelho vai entrar para a história como uma ousadia que dividiu corações.