Central sindical da Argentina convoca greve geral contra ‘megadecreto’ de Milei
O principal sindicato trabalhista da Argentina, a Confederação Geral do Trabalho (CGT), anunciou a convocação de uma greve geral em resposta aos decretos do presidente Javier Milei, que visam desregulamentar diversos setores da economia. A mobilização, aprovada de forma unânime pelo Comitê Central Confederal, está programada para o dia 24 de janeiro e terá uma duração de 12 horas. Neste mesmo dia, está planejada uma manifestação na Praça do Congresso, em Buenos Aires. O líder da CGT, Héctor Daer, afirmou que a greve é uma resposta ao Decreto de Necessidade e Urgência (DNU) considerado ilegal e inconstitucional, que impacta a estrutura administrativa do país.
Pablo Moyano, líder do Sindicato dos Caminhoneiros, expressou a opinião de que as medidas de Milei representam um retorno à ideologia política do ex-presidente Carlos Menem, caracterizada pelo neoliberalismo. Os detalhes específicos da manifestação serão decididos em 10 de janeiro, mas já se sabe que os manifestantes planejam uma marcha em direção ao Congresso a partir do meio-dia, desafiando os limites do protocolo antiprotestos estabelecido pela ministra da Segurança, Patricia Bullrich. Héctor Daer enfatizou que a mobilização visa contestar tanto o Decreto de Necessidade e Urgência quanto a Lei Ônibus de Milei, recentemente enviada ao Congresso. A data escolhida para a greve ocorre um dia antes de o partido governista levar ao Congresso o megaprojeto de lei, que aborda reformas no Estado, incluindo privatizações, restrições a manifestantes, reforma eleitoral, e questões relacionadas a aposentadoria, entre outros.