
CEO da Rumble ironiza o afastamento de Moraes do X em meio a ação judicial nos EUA
Chris Pavlovski provoca o ministro do STF, sugerindo que ele apagou sua conta após a Rumble processá-lo na Flórida
O CEO da plataforma Rumble, Chris Pavlovski, fez uma provocação pública sobre o fechamento da conta do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, no X (antigo Twitter). Pavlovski questionou se o magistrado teria removido sua conta após o início de uma ação judicial movida pela Rumble, que ocorre nos Estados Unidos.
“Será que é só impressão minha ou o ministro Alexandre de Moraes apagou sua conta no X depois que a Rumble entrou com um processo contra ele? Não consigo mais acessar o perfil”, escreveu Pavlovski em uma postagem na sexta-feira, 21 de fevereiro. Em seguida, ele postou outra mensagem, com uma ironia adicional: “Diversos veículos estão confirmando que o ministro de Moraes retirou sua conta do X, logo depois que eu entrei com uma ação contra ele nos EUA.”
A Rumble e a Trump Media & Technology Group (TMTG) processam Moraes em um tribunal da Flórida, acusando-o de censurar usuários das redes sociais. O processo questiona as ordens do ministro que teriam silenciado conteúdos de um “dissidente político” em plataformas americanas, com base em supostas violações da Primeira Emenda da Constituição dos Estados Unidos.
Logo após a provocação de Pavlovski, ao tentar acessar o perfil de Moraes na rede social, a mensagem “essa conta não existe” foi exibida. O STF confirmou que a decisão de desativar a conta partiu do próprio ministro, explicando que ele não usava o X desde janeiro de 2024.
A Rumble, por sua vez, se viu envolvida em outras questões legais no Brasil. Moraes, em uma decisão de 19 de fevereiro, determinou que a plataforma indicasse um representante legal no Brasil em 48 horas, sob pena de ter suas operações suspensas no país, seguindo um movimento semelhante ao ocorrido com o X no ano anterior. Além disso, Moraes também determinou o bloqueio de um canal específico, alegando a necessidade de que empresas estrangeiras respeitem as ordens do judiciário brasileiro para garantir a remoção de conteúdos ilícitos.