Collor troca cela por cobertura de luxo: “prisão” à beira-mar avaliada em R$ 9 milhões

Collor troca cela por cobertura de luxo: “prisão” à beira-mar avaliada em R$ 9 milhões


Condenado por corrupção, ex-presidente cumprirá pena de quase 9 anos em apartamento de 600m² com piscina, bar e vista para o mar, graças a decisão do STF baseada em idade e saúde.

O ex-presidente Fernando Collor de Mello, condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, vai cumprir sua pena longe das grades: em uma cobertura de alto padrão em Maceió, com vista para o mar e avaliada em R$ 9 milhões. O imóvel, localizado na badalada praia de Ponta Verde, tem quase 600 metros quadrados, cinco quartos, piscina e bar privativo — cenário bem diferente do Presídio Baldomero Cavalcanti, de onde foi liberado na quinta-feira (1º), por decisão do STF.

A justificativa para a conversão da pena foi assinada pelo ministro Alexandre de Moraes, que alegou problemas de saúde, idade avançada — Collor tem 75 anos — e a necessidade de cuidados médicos específicos.

A mansão no alto do edifício já havia sido penhorada pela Justiça por causa de uma dívida trabalhista de R$ 264 mil com um ex-funcionário de uma das empresas do político. Ainda assim, será esse o local onde Collor poderá cumprir sua pena de 8 anos e 10 meses por ter recebido cerca de R$ 20 milhões em propina, entre 2010 e 2014, em esquemas ligados à BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras.

O ex-presidente, que entrou para a história ao confiscar a poupança dos brasileiros em 1990 e foi afastado por impeachment menos de três anos depois, agora cumprirá sua condenação cercado de luxo e conforto, longe da realidade enfrentada por tantos outros condenados que não têm amigos no topo.

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