Com suspensão do X no Brasil, Lula diz que país “não se intimida”

Com suspensão do X no Brasil, Lula diz que país “não se intimida”

Sem falar o nome da rede social, Lula citou em discurso na ONU “indivíduos, corporações ou plataformas digitais que se julgam acima da lei”

É realmente revoltante que, em meio à suspensão do X no Brasil, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva precise se pronunciar sobre a questão na Assembleia Geral da ONU. Em seu discurso, sem mencionar diretamente a plataforma, Lula declarou que indivíduos, corporações e plataformas digitais não estão acima da lei. Essa afirmação é um grito de indignação contra a postura desrespeitosa que alguns tomadores de decisão têm adotado, como se pudessem ignorar as regras que regem a nossa sociedade.

Lula ressaltou que o futuro da nossa região depende da construção de um Estado que não se intimide diante dessas entidades que se acham acima do bem e do mal. É inadmissível que, em um país democrático, precisemos lembrar que a liberdade é a primeira vítima em um mundo sem regras. Ele enfatizou a importância da soberania, incluindo o direito de legislar e fazer valer as normas dentro do nosso território, especialmente no ambiente digital, que é cada vez mais relevante nos dias de hoje.

O que se observa é uma total falta de respeito por parte de certos indivíduos e corporações que, como o dono do X, Elon Musk, tentam agir como se pudessem ignorar decisões judiciais sem consequências. É um absurdo que tenhamos que lidar com esse tipo de comportamento enquanto a plataforma se recusa a indicar um representante legal no Brasil e a remover perfis que propagam mensagens nocivas. O que isso diz sobre o nosso compromisso com a democracia e a justiça?

A indignação de Lula é mais do que justificada. Precisamos de um governo que se posicione firmemente contra aqueles que tentam minar nossas instituições em nome de interesses reacionários. A defesa da democracia exige ação constante contra as investidas extremistas que disseminam ódio e intolerância. Não podemos permitir que esses episódios se tornem normais. O povo brasileiro merece um Estado que seja sensível às necessidades dos vulneráveis, sem abrir mão de princípios sólidos.

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