Coronel da PM entra para a reserva após 2ª prisão por ordem de Moraes
Quatro dias após o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), voltar atrás e mandar prender Marcelo Casimiro Vasconcelos Rodrigues, o coronel da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) foi transferido para a reserva remunerada – equivalente à aposentadoria dos militares. O ato consta na edição desta segunda-feira (8/4) do Diário Oficial (DODF).
Antes da recente decisão de Moraes, Casimiro teve a prisão revogada sob o argumento de que teria se transferido para a reserva remunerada e, nessa condição, não ofereceria risco à instrução criminal. Contudo, o militar continuava na ativa. Após a ordem do ministro, o coronel foi detido novamente, na última quarta-feira (3/4).
O oficial é acusado por omissão diante dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023. Na ocasião, o militar era chefe do 1º Comando de Policiamento Regional da PMDF, responsável pela área da Praça dos Três Poderes, onde aconteceu a tentativa de golpe de Estado.
Casimiro ficou preso de 18 de agosto de 2023 até o último dia 28, denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR), juntamente a outros cinco integrantes da PMDF, por omissão, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, deterioração de patrimônio tombado e violação dos deveres.
Um dia após a prisão, na quinta-feira (4/4), Casimiro apresentou o pedido de aposentadoria à Diretoria de Pessoal Militar da Polícia Militar. O Metrópoles apurou que o coronel completou 30 anos na corporação em fevereiro último.
Depois de o oficial solicitar a transferência para a reserva, a defesa dele pediu a Alexandre de Moraes a revogação da prisão preventiva do réu. Casimiro está detido no 10º Batalhão da Polícia Militar (BPM), em Ceilândia.