
Derrite sinaliza a Tarcísio desejo de sair em dezembro para focar na PEC da Segurança em Brasília
Secretário de Segurança Pública de SP pretende deixar o cargo no fim do ano para atuar como deputado federal e se preparar para disputar o Senado em 2026
Nesta terça-feira (10), durante a formatura de novos policiais militares no Autódromo de Interlagos, o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite (PL), revelou que sugeriu ao governador Tarcísio de Freitas deixar a secretaria já em dezembro. O objetivo, segundo Derrite, é acompanhar de perto as discussões da PEC da Segurança Pública na Câmara dos Deputados, onde ele atua como parlamentar eleito.
Com planos de concorrer a uma cadeira no Senado em 2026, Derrite sabe que precisará se desligar do cargo até abril do próximo ano, conforme exige a legislação eleitoral. Mesmo assim, ele diz estar aberto a ficar até esse prazo caso o governador peça.
— A ideia de sair antes partiu mais de uma questão pessoal do que por qualquer insatisfação profissional. Mas, se o Tarcísio quiser que eu permaneça até março, eu fico tranquilo — afirmou o secretário.
Derrite destacou que seu desejo de voltar ao Congresso em dezembro está ligado à importância da PEC da Segurança, um tema no qual ele acredita poder contribuir muito, tanto pela experiência como parlamentar quanto pelo tempo à frente da maior secretaria de segurança do país.
Apesar das especulações recentes sobre um possível descontentamento do governo com o trabalho de Derrite, especialmente diante do aumento da letalidade policial em São Paulo, o governador Tarcísio garantiu que está satisfeito com a atuação do secretário.
— Eu tenho muito apreço pelo trabalho do Derrite. Temos visto uma queda constante nos índices criminais e um trabalho exemplar no centro da cidade. Se depender de mim, ele fica até o fim do período permitido para a desincompatibilização — disse Tarcísio.
Durante a coletiva, o governador também comentou sobre as recentes mortes em confrontos policiais. Segundo ele, a Polícia Militar é treinada para evitar conflitos, mas tem o direito de se defender quando ameaçada.
— A PM busca a paz e evita o confronto sempre que possível. Aumentar o efetivo ajuda a prevenir situações de risco. Mas, quando a polícia é atacada ou desrespeitada, o policial tem o dever de se proteger — explicou.