Dinheiro na cueca vira alvo no TCU: Nikolas e Zambelli pedem investigação sobre contrato milionário

Dinheiro na cueca vira alvo no TCU: Nikolas e Zambelli pedem investigação sobre contrato milionário

Deputados querem apuração de acordo do Ministério da Saúde com empresário preso pela PF por suspeita de compra de votos

Os deputados federais Nikolas Ferreira (PL-MG) e Carla Zambelli (PL-SP) levaram ao Tribunal de Contas da União (TCU) um pedido formal de investigação sobre um contrato de R$ 15,8 milhões firmado entre o Ministério da Saúde e o empresário Renildo Evangelista — o mesmo que foi flagrado com R$ 500 mil em dinheiro vivo escondidos na cueca durante uma operação da Polícia Federal.

O contrato, assinado apenas quatro meses após a prisão de Evangelista, causou indignação entre os parlamentares, que classificaram o caso como mais um retrato da falta de zelo com o dinheiro público. “É um escândalo que agride o princípio da moralidade na gestão pública”, afirmou Nikolas. Já Zambelli reforçou a necessidade de uma apuração rigorosa e sem maquiagem.

Renildo Evangelista é dono da empresa Voare Táxi Aéreo, que mantém contratos que somam mais de R$ 164 milhões com o Ministério da Saúde. Além disso, ele é casado com a deputada federal Helena Lima, a “Helena da Asatur” (MDB-RR), que tem forte ligação com o governo Lula e aparece em fotos ao lado do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e da ex-ministra Nísia Trindade.

O envolvimento do empresário em escândalos de corrupção e sua proximidade com membros da base governista acenderam o alerta na oposição, que vê no caso mais um exemplo de como interesses políticos e contratos públicos podem andar de mãos dadas — mesmo quando há suspeitas graves no caminho.

O Ministério da Saúde, procurado para comentar o caso, preferiu não se manifestar.

Agora, cabe ao TCU avaliar se houve irregularidades na contratação e se o governo agiu com responsabilidade ao manter negócios com um empresário já investigado por corrupção eleitoral. Para Nikolas e Zambelli, o simples fato de Evangelista ter sido contratado após ser preso já deveria ter levantado todas as bandeiras vermelhas possíveis.

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