Diretora do Serviço Secreto dos EUA fala ao Congresso sobre atentado contra Trump
Kimberly Cheatle, diretora do Serviço Secreto dos EUA, admitiu nesta segunda-feira (22), em depoimento ao Congresso, que a agência falhou ao não prevenir uma tentativa de assassinato contra o candidato presidencial republicano Donald Trump durante um comício na Pensilvânia no dia 13 de julho.
“Falhamos. Como diretora do Serviço Secreto dos Estados Unidos, assumo total responsabilidade por qualquer falha de segurança. A tentativa de assassinato do ex-presidente Donald Trump em 13 de julho é a falha operacional mais significativa do Serviço Secreto em décadas”, afirmou Cheatle.
Cheatle enfrenta pedidos de remoção por parte de republicanos e prestou depoimento perante o Comitê de Supervisão da Câmara dos Representantes. Em resposta a alegações de que o Serviço Secreto negou recursos para proteger Trump, Cheatle afirmou que a segurança do ex-presidente havia sido reforçada antes do tiroteio:
“O nível de segurança fornecido ao ex-presidente aumentou bem antes da campanha e tem aumentado constantemente conforme as ameaças evoluem. Nossa missão não é política. É literalmente uma questão de vida ou morte”, disse.
A audiência desta segunda-feira marcou o início da investigação do Congresso sobre a tentativa de assassinato. Na quarta-feira (24), o diretor do FBI, Christopher Wray, comparecerá perante o Comitê Judiciário da Câmara, e o presidente da Câmara, Mike Johnson, também deve abrir uma força-tarefa bipartidária para centralizar as investigações.
Na semana passada, o Comitê Judiciário da Câmara informou ter evidências de que o Serviço Secreto não possuía recursos adequados para o comício de Trump devido à escassez de pessoal, causada por um evento de campanha rival em Pittsburgh com Jill Biden e uma cúpula da OTAN realizada dias antes em Washington.
James Comer, representante do Comitê Republicano de Supervisão da Câmara, pediu a renúncia de Kimberly Cheatle durante a audiência:
“É minha firme convicção, Diretora Cheatle, que você deve renunciar. O Serviço Secreto tem milhares de funcionários e um orçamento significativo, mas agora se tornou o rosto da incompetência”.