
Do brilho aos boletos: Jô, ex-Corinthians, é preso novamente por dívida de pensão
Ex-jogador da seleção foi detido no aeroporto de Guarulhos por não pagar pensão alimentícia. Defesa diz que valor é incompatível com sua atual situação financeira.
O ex-atacante Jô, que brilhou com a camisa do Corinthians e da seleção brasileira, foi preso novamente nesta quinta-feira (13) pela Polícia Federal no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. A detenção aconteceu no momento em que ele tentava embarcar em um voo, por conta de uma dívida de pensão alimentícia. O caso está sob responsabilidade do 1º Distrito Policial de Guarulhos.
Esta é a segunda vez que o ex-jogador é preso pelo mesmo motivo. Em maio de 2023, Jô já havia sido detido em Campinas, quando atuava pelo Amazonas FC e se preparava para uma partida contra a Ponte Preta, pela Série B. Na ocasião, foi solto no dia seguinte.
Segundo seu advogado, Guilherme Motai, a defesa já havia sido informada sobre o mandado de prisão e, desde fevereiro, tenta na Justiça uma revisão do valor da pensão, alegando que os pagamentos estipulados não condizem mais com a realidade financeira do ex-atleta, hoje aposentado. “Jô não está se esquivando das suas responsabilidades. Apenas busca que elas sejam ajustadas à sua nova condição de vida”, afirmou o advogado.
Aos 37 anos, Jô está sem clube desde que passou pelo Itabirito, onde disputou o Campeonato Mineiro deste ano. Foram apenas seis jogos e nenhum gol marcado. Na temporada passada, jogou pelo Amazonas, com 26 partidas e seis gols, antes de rescindir contrato em agosto.
Apesar dos tropeços recentes, Jô tem uma carreira marcada por grandes conquistas. No Corinthians, clube onde foi revelado, levantou dois títulos do Brasileirão (2005 e 2017) e dois Paulistões (2003 e 2017). Também teve destaque no Atlético-MG, com quem venceu a Libertadores em 2013 e a Copa do Brasil no ano seguinte.
Na seleção brasileira, participou da Copa do Mundo de 2014 e da campanha vitoriosa na Copa das Confederações de 2013, quando marcou dois gols. No exterior, defendeu clubes como CSKA Moscou, Galatasaray, Manchester City e Everton.
Hoje, no entanto, o que pesa sobre seus ombros não são mais as defesas adversárias, mas sim a Justiça — que cobra o que ele, como pai, deve fora dos gramados.