Em Bruxelas, Lula volta a criticar envio de armas à Ucrânia
Durante o fórum empresarial da cúpula entre a Comunidade dos Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac) e a União Europeia (UE), realizado em Bruxelas nesta segunda-feira (17), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a expressar sua preocupação em relação ao fornecimento de armas para a Ucrânia por parte de países europeus.
Lula destacou que a guerra em solo europeu traz incertezas ao mundo e desvia recursos que poderiam ser investidos na economia e programas sociais. Além disso, ele ressaltou como a corrida armamentista dificulta ainda mais os esforços para combater as mudanças climáticas.
O presidente brasileiro enfatizou que o Brasil condena a invasão da Ucrânia e tem reafirmado essa posição inclusive nas Nações Unidas. No entanto, ele acredita que o envio de armamentos por parte das potências ocidentais para os ucranianos contribui para prolongar o conflito.
Vale mencionar que Lula amenizou o tom em relação aos Estados Unidos e à Europa após uma declaração polêmica feita em abril, durante uma visita aos Emirados Árabes Unidos, na qual sugeriu que essas regiões estavam contribuindo para a perpetuação da guerra.
A declaração de Lula foi alvo de críticas intensas, com a União Europeia rejeitando suas afirmações e a Casa Branca acusando-o de repetir a propaganda russa.
