Em Manaus, Lula anuncia dragagens de rios, antecipação do Bolsa Família e obras na BR-319 em resposta à seca

Em Manaus, Lula anuncia dragagens de rios, antecipação do Bolsa Família e obras na BR-319 em resposta à seca

Lula chega a Manaus com uma notícia que, sinceramente, soa mais como um paliativo do que uma solução real. Anunciou medidas para enfrentar uma das piores secas da história do estado, e o que ele trouxe? Promessas de dragagem nos rios e de que o Bolsa Família vai ser adiantado. Não que isso não ajude de imediato, mas estamos falando de mais de 340 mil pessoas sendo esmagadas por uma seca devastadora, com 62 municípios em emergência. Mais de 85 mil famílias sentindo na pele os efeitos dessa calamidade, e a resposta é investir em dragagem ao longo dos próximos cinco anos, como se essa fosse a cura para o problema.

O presidente chegou, acompanhado de oito ministros, com um discurso quase protocolar: “Estou muito orgulhoso de estar aqui”. Ok, Lula, mas orgulho não enche barragem nem traz de volta a vida dos rios. E os R$ 500 milhões prometidos para garantir a navegabilidade? Pode até ajudar a manter os barcos funcionando, mas e o povo que precisa de água, de recursos, de um plano que enfrente a crise ambiental e não apenas a crise econômica?

Ah, e o Bolsa Família sendo antecipado para o dia 17 de setembro, beneficiando 600 mil pessoas. Parece ótimo no papel, mas é o básico, é o mínimo que o governo pode fazer numa situação de emergência tão grave. Adiantamento de pagamento não faz chover, não alivia a dor de quem perdeu tudo com a estiagem.

E ainda tem a BR-319, essa novela interminável. Foram prometidos 20 km de pavimentação agora, com outros 32 km sendo licitados em breve. Uma estrada que liga o Amazonas ao resto do país, mas que há anos só existe no papel para muitos. É como se estivéssemos numa eterna obra que nunca sai do lugar, enquanto o povo segue isolado e enfrentando desafios diários que parecem invisíveis para Brasília.

No fim das contas, o anúncio de Lula soa como mais uma tentativa de estancar o que já parece perdido. Enquanto isso, os rios secam, as famílias sofrem, e o Amazonas segue esperando mais que promessas e soluções temporárias.

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