Em noite de emoção na China, Janja se comove ao homenagear Dilma

Em noite de emoção na China, Janja se comove ao homenagear Dilma

Primeira-dama se emociona durante exibição do filme “Ainda Estou Aqui”, celebra trajetória de Dilma Rousseff e pede aplausos à “coração valente”

Durante a première do filme brasileiro Ainda Estou Aqui, em Pequim, a primeira-dama Janja Lula da Silva não conteve a emoção ao homenagear a ex-presidente Dilma Rousseff. O evento, realizado na noite de segunda-feira (12), foi parte da agenda cultural que acompanhou a visita oficial do presidente Lula à China.

Sentadas lado a lado na plateia, Janja e Dilma assistiram à exibição da obra vencedora do Oscar de Melhor Filme Internacional. Antes da sessão, Janja fez um breve discurso no qual exaltou a trajetória de Dilma, lembrando os traumas da ditadura militar no Brasil.

“Dilma foi presa, torturada. Viveu na pele os horrores daquele período sombrio da nossa história. E mesmo assim, teve força para se tornar a primeira mulher presidente do Brasil”, disse ela, com a voz embargada, enquanto suas palavras eram traduzidas para o mandarim.

Com lágrimas nos olhos, Janja pediu ao público um gesto de reconhecimento: “Peço licença para pedir uma salva de palmas à nossa coração valente.” A homenagem foi recebida com calorosos aplausos no auditório lotado da capital chinesa.

Ainda Estou Aqui já havia sido exibido anteriormente no festival de cinema de Pequim, no final de abril, e entrará em cartaz em mais de 10 mil salas de cinema na China a partir desta sexta-feira (16). A iniciativa faz parte de um esforço conjunto para ampliar o intercâmbio cultural entre os dois países.

Como parte da mesma parceria, o longa chinês Detetive Chinatown, segundo maior sucesso de bilheteria da China este ano, será lançado no Brasil na próxima quinta-feira (15).

Mais cedo, na manhã de terça-feira (13), Lula participou de um encontro com o presidente Xi Jinping, acompanhado de Janja e Dilma. Na saída, ao ser questionado por um jornalista sobre a possível contratação do técnico italiano Carlo Ancelotti para comandar a seleção brasileira, Lula respondeu com seu estilo direto:

“Não sou contra ter um técnico estrangeiro. Mas temos bons técnicos no Brasil. O problema talvez esteja na estrutura. É difícil treinar um time com só 15 dias antes do jogo e esperar que dê certo.”

O presidente também fez uma crítica à atual geração de jogadores: “Essa safra é mais fraca. Basta lembrar dos ataques que tínhamos em 2002 ou 2006 pra ver que o nível caiu.”

Mesmo em meio à agenda oficial, o tom emotivo e pessoal da homenagem à Dilma mostrou que, para além das pautas econômicas e comerciais, a visita à China também serviu para reforçar vínculos históricos — e afetivos.

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