Empresário preso com R$ 500 mil tem contrato milionário com ministério do governo Lula
O empresário Renildo Lima, envolvido em um grande escândalo, foi preso pela Polícia Federal no dia 9 de setembro de 2024 em Roraima, com R$ 500 mil em espécie. A operação não se limitou a ele: outras cinco pessoas, incluindo dois policiais do Bope, também foram detidas. O grupo está sob investigação por suspeita de compra de votos e formação de organização criminosa.
A prisão de Renildo trouxe à tona um contrato milionário que ele firmou em maio de 2024 com o Ministério da Saúde, no valor de R$ 211 milhões. Renildo é dono da Voare Táxi Aéreo e casado com a deputada federal Helena Lima, do MDB de Roraima.
O contrato de R$ 211 milhões foi para prestar serviços de apoio à saúde dos povos Yanomami durante dois anos, o que destacou o crescimento expressivo da Voare. Em 2023, a empresa já havia obtido contratos no valor de R$ 53,3 milhões, mas o acordo com o Ministério em 2024 superou todos os números anteriores.
Helena Lima, esposa de Renildo, é deputada federal e estreou na política em 2022, quando se candidatou utilizando o nome de urna “Helena da Asatur”, uma referência à Voare. Antes de ingressar na política, Helena trabalhou na empresa por muitos anos, o que levantou questões sobre possíveis conflitos de interesse.
Os R$ 500 mil em dinheiro foram encontrados durante uma operação que investigava compra de votos, e a origem desse valor está sendo apurada. A presença de policiais do Bope entre os envolvidos aumenta a gravidade do caso e a preocupação com a integridade das forças de segurança.
A investigação está em curso, e espera-se que mais detalhes surjam em breve. O caso pode ter repercussões tanto no cenário político quanto no setor de saúde pública, devido aos contratos milionários e às acusações criminais que o cercam.
FONTE E CRÉDITO: Revista Oeste