Entenda a medida que pode levar a aumento do preço das geladeiras

Entenda a medida que pode levar a aumento do preço das geladeiras


O Ministério de Minas e Energia (MME) anunciou uma medida que pode resultar no aumento dos preços de geladeiras e congeladores no mercado brasileiro. A nova resolução estabelece padrões mais rigorosos de consumo de energia para os modelos desses eletrodomésticos que podem ser fabricados e comercializados no país, impactando diretamente a indústria.

A Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros) não recebeu bem a medida, expressando preocupação com um possível aumento nos preços dos produtos nas lojas e um impacto significativo nas vendas.

A mudança ocorrerá em duas etapas. A primeira, a partir de 1° de janeiro de 2024, determina que apenas geladeiras e congeladores com um índice máximo de 85,5% do consumo padrão de energia podem ser fabricados e importados. Produtos já fabricados poderão ser vendidos até o final de 2024 para fabricantes e importadores, estendendo-se até o final de 2025 para atacadistas e varejistas.

A segunda etapa, a partir de 31 de dezembro de 2025, proibirá a venda de produtos que excedam o limite máximo de eficiência energética estabelecido. A transição para esses modelos mais eficientes deverá ser concluída até janeiro de 2028, resultando em produtos que, em média, são 17% mais eficientes, de acordo com o MME.

A justificativa do Ministério nas redes sociais é que a medida visa proporcionar aos consumidores aparelhos melhores e mais energeticamente eficientes, com a expectativa de reduzir o consumo de energia elétrica e impulsionar investimentos na indústria brasileira.

No entanto, a Eletros argumenta que essa decisão pode elevar o preço mínimo das geladeiras no mercado, prevendo que o modelo mais acessível custará pelo menos R$ 5 mil, em comparação com os modelos atuais disponíveis a partir de R$ 1,5 mil. A associação expressa preocupação com o impacto nas classes C, D e E da população, que já respondiam por 36% do mercado há cinco anos e agora representam apenas 11%, temendo uma diminuição ainda maior.

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