
EUA estabelecem prazo final para Maduro deixar o poder: 10 de janeiro de 2025
Embaixada dos EUA pressiona por uma transição democrática na Venezuela e reafirma apoio ao opositor Edmundo González
A Embaixada dos Estados Unidos, com sede em Bogotá desde 2019, anunciou nesta quinta-feira (12) que o dia 10 de janeiro de 2025 será o último prazo para Nicolás Maduro deixar a presidência da Venezuela. A declaração, feita por Francisco Palmieri, chefe da missão americana, alerta que a recusa do ditador em iniciar uma transição democrática pode levar o país a uma crise ainda mais grave.
Palmieri afirmou, em postagem na plataforma X, que “a recusa de Maduro em permitir uma transição democrática resultará na ruptura definitiva com a ordem constitucional da Venezuela, aprofundando ainda mais a crise”. Ele enfatizou que Maduro enfrentará uma comunidade internacional mais unida e com maior falta de legitimidade, caso continue no poder.
A oposição, liderada por Edmundo González, é reconhecida pelos Estados Unidos e outros países como vencedora das eleições presidenciais de julho, embora o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), dominado pelo chavismo, tenha proclamado Maduro como vitorioso. O CNE não apresentou as atas das votações, o que gerou desconfiança quanto à legitimidade do processo eleitoral. Por outro lado, a oposição publicou em seu site mais de 80% das atas eleitorais que comprovam a vitória de González.
Atualmente exilado na Espanha após ter sua prisão decretada pela Justiça venezuelana, González anunciou que retornará à Venezuela para assumir a presidência em 10 de janeiro de 2025.