EUA se distanciam de ataque de Israel e mandam recado ao Irã: “Não nos envolvam”

EUA se distanciam de ataque de Israel e mandam recado ao Irã: “Não nos envolvam”

Governo Trump reforça que ação contra o Irã foi decisão isolada de Israel e avisa: foco é proteger tropas americanas no Oriente Médio

Em meio ao novo capítulo de tensão no Oriente Médio, os Estados Unidos deixaram claro: não participaram do ataque de Israel ao Irã e não querem ser arrastados para um confronto direto. Foi o que afirmou o secretário de Estado Marco Rubio na quarta-feira (12), ao destacar que a operação foi uma ação isolada dos israelenses.

“Nossa principal preocupação agora é garantir a segurança das tropas americanas que estão na região”, disse Rubio, em tom firme. Ele também revelou que ordenou a retirada de parte do pessoal dos EUA do local, como medida preventiva, diante da escalada do conflito.

Mais cedo, o presidente Donald Trump já havia alertado para a possibilidade de um “conflito massivo” no Oriente Médio, dizendo que um novo ataque poderia ocorrer a qualquer momento. Apesar disso, Trump reafirmou seu desejo de evitar a guerra: “Estamos muito perto de um acordo com o Irã. Enquanto houver chance de diálogo, prefiro evitar confrontos que possam sabotar qualquer avanço”, declarou à CNN.

Israel, por sua vez, afirmou ter agido por conta própria. O embaixador israelense na ONU, Danny Danon, confirmou que os dois países mantêm diálogo constante, mas reforçou que a decisão de atacar o Irã foi exclusivamente do governo de Tel Aviv. Questionado sobre uma possível retaliação iraniana e o papel dos EUA, Danon desconversou: “Não é hora para especulações.”

Israel ataca alvos nucleares do Irã em operação preventiva
Na noite de quarta-feira, caças israelenses lançaram um ataque aéreo contra instalações nucleares e militares iranianas. A ofensiva foi batizada de “Nação de Leões” e, segundo as Forças de Defesa de Israel, teve como objetivo antecipar uma “ameaça iminente” vinda do Irã.

Diante do risco de retaliação, o governo israelense decretou estado de emergência. O ministro da Defesa, Israel Katz, alertou para a possibilidade de ataques com mísseis e drones iranianos nas próximas horas.

Conflito esquentou após denúncias sobre programa nuclear iraniano
A tensão entre os países aumentou depois que a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) acusou formalmente o Irã de não cumprir as regras do tratado de não proliferação nuclear. Em resposta, Teerã anunciou que vai acelerar suas atividades atômicas — uma decisão que acendeu o alerta vermelho na comunidade internacional.

Com o cenário cada vez mais delicado, o recado de Washington é direto: o objetivo é conter a escalada e proteger os seus, evitando ser puxado para o olho do furacão.

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