Fim de Israel; sem negociações e ‘guerra santa’: o que diz a carta do Hamas
Em 1988, o Hamas divulgou sua Carta de Princípios, na qual delineou seus compromissos e ideologias. Recentemente, em 7 de outubro, radicais surpreenderam diversas cidades no sul de Israel, resultando na trágica morte de centenas de pessoas. O ataque incluiu atos de extrema brutalidade, como assassinato de bebês, sequestros e abusos contra mulheres.
A Carta do Hamas reitera seu posicionamento de ser uma “força de resistência” e advoga pela extinção de Israel, afirmando que “Israel existirá e continuará existindo, até que o Islã a faça desaparecer, como fez com aqueles que existiram anteriormente a ele”.
O documento deixa claro que não há intenção de negociação com os inimigos do Hamas, visto que consideram tais diálogos como “negligências da fé”. Ademais, os terroristas defendem que a luta armada é o único meio para “libertar a Palestina”.
O Hamas enfatiza que a “batalha contra a usurpação de Israel é um dever pessoal de cada muçulmano” e transcende as barreiras de gênero e status social. Eles veem a jihad (guerra santa) como uma necessidade contra os que consideram “hereges”, incluindo a comunidade internacional do Ocidente. Os terroristas destacam a importância da “conscientização da fé islâmica”, que deve ser promovida por líderes religiosos, educadores e jovens, visando a promover a jihad nas massas.
Para o Hamas, a Palestina é uma terra islâmica na qual os judeus não têm direito. Eles a consideram um “território sagrado” e um “legado hereditário” para todas as gerações de muçulmanos.
O Hamas critica as “potências colonialistas” do Ocidente por apoiarem o inimigo de forma material e logística. Alegam que quando o Islã surge, os infiéis se unem contra ele, pois todos os infiéis formam uma única dominação. O grupo também acusa o Ocidente de promover o “sinonismo mundial”.
O Hamas expressa disposição para negociar e estabelecer relações com movimentos palestinos que não tenham vínculos com o Ocidente.