Governadores Criticam Envio de Representante de Lula à Posse de Maduro

Governadores Criticam Envio de Representante de Lula à Posse de Maduro

Críticas surgem tanto de aliados quanto de opositores, questionando a legitimidade do evento e a postura do Brasil

Após o governo de Luiz Inácio Lula da Silva ter enviado a embaixadora em Caracas, Gilvânia Maria de Oliveira, para participar da posse do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, governadores brasileiros expressaram suas críticas à ação. As reações foram variadas, com manifestações tanto de aliados quanto de opositores. Entre os críticos estavam o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), e o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil).

Maduro, no poder desde 2013, foi declarado reeleito pelo Tribunal Supremo de Justiça venezuelano, que é controlado pelo regime chavista. A oposição, no entanto, contestou os resultados, alegando que Edmundo González, exilado na Espanha, havia vencido o pleito. Em resposta à crescente oposição, Maduro ativou um plano militar, mobilizando forças de segurança e milícias armadas para garantir sua posse, enquanto a líder oposicionista María Corina Machado foi detida temporariamente durante um protesto contra o ditador.

Helder Barbalho criticou duramente o posicionamento do Brasil, afirmando que o país não poderia se omitir diante da situação, destacando que a defesa da democracia deve implicar em rejeição à ditadura de Maduro. Já o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), afirmou que a participação do Brasil na cerimônia legitimaria um processo eleitoral com graves violações democráticas e enfraqueceria a credibilidade internacional do país na defesa da democracia e dos direitos humanos.

Além disso, o governador Caiado, horas após a prisão de María Corina Machado, pediu que o governo federal reconsiderasse o envio de sua representante à cerimônia, mas a decisão foi mantida.

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