Governo Lula esconde Resultados de Pesquisas, Incluindo da Gestão Bolsonaro
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) manteve sob sigilo 33 pesquisas de opinião encomendadas pelo Executivo desde 2022, abrangendo também levantamentos realizados durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Essas pesquisas custaram R$ 13 milhões aos cofres públicos.
Solicitação de Transparência
A informação foi divulgada pelo jornal Folha de S. Paulo, que buscou detalhes via Lei de Acesso à Informação (LAI). No entanto, a Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom) considerou o pedido “desarrazoado”. A Controladoria-Geral da União (CGU) apoiou a decisão de manter o sigilo.
Tipos de Pesquisas Realizadas
As pesquisas realizadas durante a gestão atual incluíram avaliações do primeiro ano do governo Lula e questões sobre o conflito no Oriente Médio. Durante o governo Bolsonaro, foram feitas pesquisas sobre o Auxílio Brasil, a conjuntura nacional e o universo feminino no Brasil.
Justificativa do Sigilo
A Secom argumentou que uma portaria de novembro de 2023 impede a divulgação de informações que possam causar mais prejuízos à sociedade do que benefícios. A CGU acrescentou que as pesquisas não são apenas dados frios, mas ferramentas para decisões futuras, e que a divulgação poderia gerar informações distorcidas sobre políticas públicas.
Pesquisas de Avaliação
O Instituto de Pesquisa em Reputação e Imagem (IPRI) foi responsável pelos levantamentos. As pesquisas mais caras desde 2022 foram sobre os primeiros 100 dias e um ano do governo Lula, custando R$ 2,1 milhões cada. Outros temas incluíram educação, economia, segurança e a Operação Sequaz, da Polícia Federal, que investigou ameaças contra autoridades.
Contradições e Críticas
Apesar das críticas de Lula aos sigilos durante a gestão Bolsonaro, o governo atual negou mais de 1.300 pedidos de informação em 2023, justificando contenção de dados pessoais. O governo argumenta que as pesquisas serão divulgadas conforme a edição de atos futuros ou ao término do mandato, refutando alegações de censura ou falta de transparência.